Terapia fotodinâmica em dermatologia: princípios básicos e aplicações

A terapia fotodinâmica envolve a administração de uma droga fotossensibilizante e sua ativação subsequente pela luz de comprimento de onda correspondente ao espectro de absorção do fotossensibilizador. Atualmente, a terapia fotodinâmica tópica é aprovada para o tratamento de condições oncológicas cutâneas como queratoses actínicas, doença de Bowen e carcinoma basocelular superficial em diversos países do mundo. Estudos multicêntricos controlados e randomizados demonstram a alta eficácia e resultado cosmético final superior dessa modalidade terapêutica em relação aos tratamentos convencionais. Para condições cutâneas não oncológicas, como acne vulgar, verrugas virais e esclerodermia localizada, há também relatos e série de casos confirmando o potencial terapêutico da terapia fotodinâmica. O desenvolvimento de fotossensibilizantes tópicos, ácido 5-aminolevulínico (ALA) ou seu metiléster (MAL), frente aos derivados da hematoporfirina de aplicação sistêmica, permitiu um grande avanço na popularidade da TFD na dermatologia, uma vez que tanto ALA quanto MAL tópicos não induzem mais fotossensibilidade generalizada prolongada. A produção de intermediários reativos de oxigênio, como oxigênio singlet, depende da concentração, da localização do fotossensibilizante no tecido alvo, assim como da dose de luz utilizada. Tanto as lâmpadas de amplo espectro quanto os LEDs (do inglês light emitting diodes) constituem fontes de luz adequadas para que os efeitos citotóxicos da terapia fotodinâmica resultem na destruição do tumor ou seus efeitos imunomodulatórios atuem melhorando as condições inflamatórias cutâneas.

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Bibliographic Details
Main Authors: Torezan,Luís, Niwa,Ane Beatriz Mautari, Festa Neto,Cyro
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Dermatologia 2009
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962009000500002
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Description
Summary:A terapia fotodinâmica envolve a administração de uma droga fotossensibilizante e sua ativação subsequente pela luz de comprimento de onda correspondente ao espectro de absorção do fotossensibilizador. Atualmente, a terapia fotodinâmica tópica é aprovada para o tratamento de condições oncológicas cutâneas como queratoses actínicas, doença de Bowen e carcinoma basocelular superficial em diversos países do mundo. Estudos multicêntricos controlados e randomizados demonstram a alta eficácia e resultado cosmético final superior dessa modalidade terapêutica em relação aos tratamentos convencionais. Para condições cutâneas não oncológicas, como acne vulgar, verrugas virais e esclerodermia localizada, há também relatos e série de casos confirmando o potencial terapêutico da terapia fotodinâmica. O desenvolvimento de fotossensibilizantes tópicos, ácido 5-aminolevulínico (ALA) ou seu metiléster (MAL), frente aos derivados da hematoporfirina de aplicação sistêmica, permitiu um grande avanço na popularidade da TFD na dermatologia, uma vez que tanto ALA quanto MAL tópicos não induzem mais fotossensibilidade generalizada prolongada. A produção de intermediários reativos de oxigênio, como oxigênio singlet, depende da concentração, da localização do fotossensibilizante no tecido alvo, assim como da dose de luz utilizada. Tanto as lâmpadas de amplo espectro quanto os LEDs (do inglês light emitting diodes) constituem fontes de luz adequadas para que os efeitos citotóxicos da terapia fotodinâmica resultem na destruição do tumor ou seus efeitos imunomodulatórios atuem melhorando as condições inflamatórias cutâneas.