Ritos da memória: trajetórias e experiências sobre a ditadura militar

Neste artigo, pretendo discutir como a trajetória política de Celso Castro, militante do Partido Operário Comunista (POC) nos anos 1970 e exilado político durante a ditadura militar (1964-1985), foi sucessivamente narrada e indexada após o seu falecimento em um suposto assalto na cidade de Porto Alegre, em 1984. A partir dessas narrativas, busco refletir sobre certos discursos que visam indexar trajetórias, opções e escolhas individuais a determinados esquemas de pensamento e às supostas condições objetivas de tais experiências, uma vez que tais discursos almejariam produzir um sentido de unidade e de continuidade à militância política dos chamados "anos de chumbo" brasileiros.

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Bibliographic Details
Main Author: Castro,João Paulo Macedo e
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS-Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ 2014
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132014000100001
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Summary:Neste artigo, pretendo discutir como a trajetória política de Celso Castro, militante do Partido Operário Comunista (POC) nos anos 1970 e exilado político durante a ditadura militar (1964-1985), foi sucessivamente narrada e indexada após o seu falecimento em um suposto assalto na cidade de Porto Alegre, em 1984. A partir dessas narrativas, busco refletir sobre certos discursos que visam indexar trajetórias, opções e escolhas individuais a determinados esquemas de pensamento e às supostas condições objetivas de tais experiências, uma vez que tais discursos almejariam produzir um sentido de unidade e de continuidade à militância política dos chamados "anos de chumbo" brasileiros.