Fazer cultura. Fazer(-se) estado: vernissages e performatividade de estado em Córdoba

O artigo explora os processos de formação do Estado e as políticas culturais governamentais em Córdoba (Argentina) durante a primeira década do século XXI. A partir da análise das cerimônias que marcam a inauguração de mostras de arte, ou vernissages, são discutidas as dimensões performativas das práticas estatais e descritas performances que, em nome da cultura, “fazem Estado” através de formas altamente estetizadas que apelam para a captação sensorial. Nessas performances, que envolvem os sujeitos a partir da estimulação poética de seus sentidos, o Estado se materializa duas vezes. A “magia do Estado” se faz quando acrescenta e estatiza as relações de interdependência entre diferentes agentes e quando materializa uma imagem atraente encarregada de reforçar a distinção como recurso para a produção de hegemonia.

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Bibliographic Details
Main Author: Blázquez,Gustavo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS-Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ 2012
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132012000100002
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Summary:O artigo explora os processos de formação do Estado e as políticas culturais governamentais em Córdoba (Argentina) durante a primeira década do século XXI. A partir da análise das cerimônias que marcam a inauguração de mostras de arte, ou vernissages, são discutidas as dimensões performativas das práticas estatais e descritas performances que, em nome da cultura, “fazem Estado” através de formas altamente estetizadas que apelam para a captação sensorial. Nessas performances, que envolvem os sujeitos a partir da estimulação poética de seus sentidos, o Estado se materializa duas vezes. A “magia do Estado” se faz quando acrescenta e estatiza as relações de interdependência entre diferentes agentes e quando materializa uma imagem atraente encarregada de reforçar a distinção como recurso para a produção de hegemonia.