A iniciação sexual na juventude de mulheres e homens
Este artigo trata dos significados constitutivos da iniciação sexual entre jovens, momento em que, a partir das escolhas dos(as) parceiros(as) ideais e do uso ou não de preservativo, vemos com mais clareza a gramática das relações de gênero nessa população. A metodologia utilizada foi a pesquisa etnográfica, realizada com 42 jovens - 24 mulheres e 18 homens - na faixa dos 15 aos 19 anos, oriundos de camadas médias, em Pelotas, interior do Rio Grande do Sul. Esse contexto salienta aspectos de uma moralidade tradicional face à iniciação sexual de mulheres e homens. Identifica-se a perpetuação de uma assimetria de gênero, na qual as jovens se percebem de modo relacional, investindo no namoro, enquanto os rapazes buscam se afirmar como indivíduos através da sexualidade. O ficar aparece como uma forma alternativa de envolvimento afetivo sem compromisso.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - IFCH-UFRGS
2002
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832002000100004 |
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Summary: | Este artigo trata dos significados constitutivos da iniciação sexual entre jovens, momento em que, a partir das escolhas dos(as) parceiros(as) ideais e do uso ou não de preservativo, vemos com mais clareza a gramática das relações de gênero nessa população. A metodologia utilizada foi a pesquisa etnográfica, realizada com 42 jovens - 24 mulheres e 18 homens - na faixa dos 15 aos 19 anos, oriundos de camadas médias, em Pelotas, interior do Rio Grande do Sul. Esse contexto salienta aspectos de uma moralidade tradicional face à iniciação sexual de mulheres e homens. Identifica-se a perpetuação de uma assimetria de gênero, na qual as jovens se percebem de modo relacional, investindo no namoro, enquanto os rapazes buscam se afirmar como indivíduos através da sexualidade. O ficar aparece como uma forma alternativa de envolvimento afetivo sem compromisso. |
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