Análise ética da revelação do diagnóstico e tratamento em pacientes com câncer genital ou mamário
OBJETIVO: Verificar como se dá a comunicação entre médicos e pacientes na informação sobre o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico das pacientes com câncer genital ou mamário, utilizando a bioética como referência de análise. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo-analítico de corte transversal de 120 pacientes atendidas no Hospital de Base do Distrito Federal e selecionadas aleatoriamente. Foi aplicado um questionário fechado, composto por nove questões assim distribuídas: três relacionadas ao diagnóstico, quatro ao tratamento e duas ao prognóstico. RESULTADOS: Os resultados mostraram que 73,3 % das pacientes consideraram "negativa" a qualidade da primeira informação que receberam sobre o diagnóstico de câncer; 54,2% das pacientes entenderam as informações recebidas a respeito do diagnóstico e do tratamento; aproximadamente 60% sabem o prognóstico do câncer e menos de 10% não querem ter mais outras informações. No entanto, para quase 40% das pesquisadas, existe algum problema na comunicação com o médico sobre o processo que envolve o câncer. A idade e a extensão da doença não repercutiram no grau de entendimento das pacientes sobre o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico. CONCLUSÃO: A comunicação da informação sobre o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico das pacientes com câncer genital ou mamário é adequada em cerca de 60% das vezes. Contudo foram percebidos problemas concernentes à linguagem utilizada pelos médicos, a não consideração sistemática da autonomia das pacientes e à ausência de mecanismos que pudessem proporcionar o poder de decisão destas.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Médica Brasileira
2010
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302010000400010 |
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Summary: | OBJETIVO: Verificar como se dá a comunicação entre médicos e pacientes na informação sobre o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico das pacientes com câncer genital ou mamário, utilizando a bioética como referência de análise. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo-analítico de corte transversal de 120 pacientes atendidas no Hospital de Base do Distrito Federal e selecionadas aleatoriamente. Foi aplicado um questionário fechado, composto por nove questões assim distribuídas: três relacionadas ao diagnóstico, quatro ao tratamento e duas ao prognóstico. RESULTADOS: Os resultados mostraram que 73,3 % das pacientes consideraram "negativa" a qualidade da primeira informação que receberam sobre o diagnóstico de câncer; 54,2% das pacientes entenderam as informações recebidas a respeito do diagnóstico e do tratamento; aproximadamente 60% sabem o prognóstico do câncer e menos de 10% não querem ter mais outras informações. No entanto, para quase 40% das pesquisadas, existe algum problema na comunicação com o médico sobre o processo que envolve o câncer. A idade e a extensão da doença não repercutiram no grau de entendimento das pacientes sobre o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico. CONCLUSÃO: A comunicação da informação sobre o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico das pacientes com câncer genital ou mamário é adequada em cerca de 60% das vezes. Contudo foram percebidos problemas concernentes à linguagem utilizada pelos médicos, a não consideração sistemática da autonomia das pacientes e à ausência de mecanismos que pudessem proporcionar o poder de decisão destas. |
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