Profissionais como produtores de redes: tramas e conexões no cuidado em saúde
Resumo Este artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa-intervenção realizada em unidades básicas de saúde e procura problematizar processos de cuidado de saúde em rede. Acompanhando percursos cotidianos de usuários, selecionados por equipes dos serviços, indaga como e quando as redes ficam mais potentes e produzem saúde ou, ao contrário, se enfraquecem. Verificam-se redes de atenção amplas, operacionalizadas de diversas maneiras e compostas por múltiplos vetores e elementos formais e informais, visíveis e invisíveis, objetivos e subjetivos que contribuem para facilitar ou dificultar a construção de pontos de articulação entre serviços, pessoas e recursos para o cuidado. Com o recorte dos profissionais como produtores de rede, discute-se as tensões entre sistemas de ordenação e hierarquização e a perspectiva de uma rede de caráter rizomático, os fluxos de encaminhamento e os movimentos que os diferentes atores realizam na produção da rede de cuidado. Trazendo para o centro os usuários, seus direitos e os limites e as potencialidades de seus lugares sociais, pôde-se perceber fragilidades na produção do cuidado, na composição das redes e na promoção da saúde. Verifica-se também que recursos e conexões são cotidianamente reinventados no encontro entre instituições e sujeitos, que se afetam mutuamente e podem apoiar as práticas de cuidado em rede.
Main Authors: | , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. Associação Paulista de Saúde Pública.
2017
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902017000200435 |
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Summary: | Resumo Este artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa-intervenção realizada em unidades básicas de saúde e procura problematizar processos de cuidado de saúde em rede. Acompanhando percursos cotidianos de usuários, selecionados por equipes dos serviços, indaga como e quando as redes ficam mais potentes e produzem saúde ou, ao contrário, se enfraquecem. Verificam-se redes de atenção amplas, operacionalizadas de diversas maneiras e compostas por múltiplos vetores e elementos formais e informais, visíveis e invisíveis, objetivos e subjetivos que contribuem para facilitar ou dificultar a construção de pontos de articulação entre serviços, pessoas e recursos para o cuidado. Com o recorte dos profissionais como produtores de rede, discute-se as tensões entre sistemas de ordenação e hierarquização e a perspectiva de uma rede de caráter rizomático, os fluxos de encaminhamento e os movimentos que os diferentes atores realizam na produção da rede de cuidado. Trazendo para o centro os usuários, seus direitos e os limites e as potencialidades de seus lugares sociais, pôde-se perceber fragilidades na produção do cuidado, na composição das redes e na promoção da saúde. Verifica-se também que recursos e conexões são cotidianamente reinventados no encontro entre instituições e sujeitos, que se afetam mutuamente e podem apoiar as práticas de cuidado em rede. |
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