Saúde reprodutiva e sexual masculina em Francisco Morato, SP: o discurso de profissionais, gerentes e gestores de saúde

Este relato de pesquisa tem como objetivo mostrar como se configurava, em 2004, a atenção à saúde reprodutiva e sexual masculina no município de Francisco Morato, a partir do discurso de profissionais, gerentes e gestores de saúde. Foram entrevistados oito profissionais, cinco gerentes e três gestores de saúde, utilizando-se a entrevista como método de coleta de dados, e a análise temática para o seu tratamento. Mostramos que, a exemplo da tendência geral das ações em saúde pública no Brasil, a esterilização e o aconselhamento para a saúde sexual e reprodutiva eram calcados em uma visão biomédica. Existem, no entanto, iniciativas isoladas de atenção constituídas a partir de uma noção intuitiva das diferenças entre homens e mulheres na busca dos serviços de saúde. Foram propostos o fortalecimento e a criação de espaços coletivos para discutir os cuidados à saúde sexual e reprodutiva. O texto se encerra afirmando, ainda, a necessidade desses espaços para formulação e implementação de propostas que considerem os diversos perfis de morbi-mortalidade do município.

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Bibliographic Details
Main Author: Ribeiro,Tiago Noel
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. Associação Paulista de Saúde Pública. 2009
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902009000400013
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Summary:Este relato de pesquisa tem como objetivo mostrar como se configurava, em 2004, a atenção à saúde reprodutiva e sexual masculina no município de Francisco Morato, a partir do discurso de profissionais, gerentes e gestores de saúde. Foram entrevistados oito profissionais, cinco gerentes e três gestores de saúde, utilizando-se a entrevista como método de coleta de dados, e a análise temática para o seu tratamento. Mostramos que, a exemplo da tendência geral das ações em saúde pública no Brasil, a esterilização e o aconselhamento para a saúde sexual e reprodutiva eram calcados em uma visão biomédica. Existem, no entanto, iniciativas isoladas de atenção constituídas a partir de uma noção intuitiva das diferenças entre homens e mulheres na busca dos serviços de saúde. Foram propostos o fortalecimento e a criação de espaços coletivos para discutir os cuidados à saúde sexual e reprodutiva. O texto se encerra afirmando, ainda, a necessidade desses espaços para formulação e implementação de propostas que considerem os diversos perfis de morbi-mortalidade do município.