Movimentos sociais e comunitários no campo da saúde como sujeitos e objetos de experiências educativas

Tendências e modelos teóricos sobre movimentos sociais e educação foram analisados desde a década de 40, no que respeita à participação das camadas populares na questão da saúde. Verificamos na atualidade a emergência de práticas que redefinem a relação entre Estado e Sociedade, possibilitando o posicionamento dos indivíduos como cidadãos com direito a saúde e melhores condições de vida. A população e os profissionais de saúde entretanto, vem confundindo saúde com assistência médica, os primeiros se colocando como consumidores de serviços e os segundos como fornecedores dos mesmo, desmobilizando as organizações populares para lutas mais amplas. A formação política e a informação sobre saúde à população são necessidades que se colocam para os profissionais de saúde, que assumiram um compromisso político com a população, sujeito do processo educativo e de saúde, de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde. Três alternativas pedagógicas são apresentadas para o profissional que quer ultrapassar os limites de um processo educativo normativo, de preceitos de saúde, colocando os movimentos sociais como sujeitos das ações de saúde e educação: a pedagogia do conflito; a tendência libertária, que reúne defensores da auto gestão pedagógica; e a pedagogia crítica social dos conteúdos.

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Bibliographic Details
Main Author: Westphal,Márcia Faria
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. Associação Paulista de Saúde Pública. 1994
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12901994000200007
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Summary:Tendências e modelos teóricos sobre movimentos sociais e educação foram analisados desde a década de 40, no que respeita à participação das camadas populares na questão da saúde. Verificamos na atualidade a emergência de práticas que redefinem a relação entre Estado e Sociedade, possibilitando o posicionamento dos indivíduos como cidadãos com direito a saúde e melhores condições de vida. A população e os profissionais de saúde entretanto, vem confundindo saúde com assistência médica, os primeiros se colocando como consumidores de serviços e os segundos como fornecedores dos mesmo, desmobilizando as organizações populares para lutas mais amplas. A formação política e a informação sobre saúde à população são necessidades que se colocam para os profissionais de saúde, que assumiram um compromisso político com a população, sujeito do processo educativo e de saúde, de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde. Três alternativas pedagógicas são apresentadas para o profissional que quer ultrapassar os limites de um processo educativo normativo, de preceitos de saúde, colocando os movimentos sociais como sujeitos das ações de saúde e educação: a pedagogia do conflito; a tendência libertária, que reúne defensores da auto gestão pedagógica; e a pedagogia crítica social dos conteúdos.