Aquisição de conhecimentos sobre saúde sexual por pessoas cegas: uma pesquisa-ação

Objetivo: avaliar o conhecimento sobre a saúde sexual, junto a pessoas cegas, antes e depois de intervenção educativa. Método: pesquisa-ação realizada com 58 pessoas cegas matriculadas em instituição educacional filantrópica. Utilizou-se formulário com variáveis sociodemográficas e de conhecimento sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis. Efetuaram-se os testes de Qui-quadrado e Fisher. Resultados: os homens apresentaram maior frequência de etilismo (p<0,001) e drogas ilícitas (p=0,006). Constatou-se que estes usavam preservativo masculino com mais frequência em relação às mulheres com o uso do preservativo feminino (p=0,003), embora estas apresentassem maior conhecimento acerca das formas de prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (p=0,006). Dentre essas infecções, verificou-se, como mais frequente, a Trichomonas vaginalis (52,4%). Identificaram-se lacunas do conhecimento sobre fatores de risco e sexo seguro. Após a intervenção, detectou-se a ampliação do conhecimento sobre saúde sexual. Conclusão: a intervenção educativa, à luz da pedagogia problematizadora, (re) construiu o conhecimento sobre saúde sexual, empoderando os participantes quanto à prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Portanto, é mister que enfermeiros executem intervenções educativas para com esta clientela, visando a amenizar deficits de conhecimentos sobre a temática em tela.

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Bibliographic Details
Main Authors: França,Inacia Sátiro Xavier de, Coura,Alexsandro Silva, Sousa,Francisco Stélio de, Aragão,Jamilly da Silva, Silva,Arthur Felipe Rodrigues, Santos,Sérgio Ribeiro dos
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto / Universidade de São Paulo 2019
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692019000100345
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Summary:Objetivo: avaliar o conhecimento sobre a saúde sexual, junto a pessoas cegas, antes e depois de intervenção educativa. Método: pesquisa-ação realizada com 58 pessoas cegas matriculadas em instituição educacional filantrópica. Utilizou-se formulário com variáveis sociodemográficas e de conhecimento sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis. Efetuaram-se os testes de Qui-quadrado e Fisher. Resultados: os homens apresentaram maior frequência de etilismo (p<0,001) e drogas ilícitas (p=0,006). Constatou-se que estes usavam preservativo masculino com mais frequência em relação às mulheres com o uso do preservativo feminino (p=0,003), embora estas apresentassem maior conhecimento acerca das formas de prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (p=0,006). Dentre essas infecções, verificou-se, como mais frequente, a Trichomonas vaginalis (52,4%). Identificaram-se lacunas do conhecimento sobre fatores de risco e sexo seguro. Após a intervenção, detectou-se a ampliação do conhecimento sobre saúde sexual. Conclusão: a intervenção educativa, à luz da pedagogia problematizadora, (re) construiu o conhecimento sobre saúde sexual, empoderando os participantes quanto à prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Portanto, é mister que enfermeiros executem intervenções educativas para com esta clientela, visando a amenizar deficits de conhecimentos sobre a temática em tela.