Famílias de setores populares e escolarização: acompanhamento escolar e planos de futuro para filhos e filhas
Resumo: Com o objetivo de compreender a influência da socialização familiar nas diferenças entre o desempenho escolar de meninas e meninos, foi realizado estudo qualitativo junto a oito famílias de setores populares na cidade de São Paulo. Este artigo enfoca a presença dos responsáveis no cotidiano escolar e os projetos de futuro traçados por adultos e crianças. A mobilização das famílias na escolha da escola não apresentava diferenças conforme o sexo do filho/a, mas pais e mães acompanhavam mais estritamente a escolarização dos meninos. Havia a expectativa de que os meninos entrassem para o mercado de trabalho em torno dos 16 anos e, paralelamente, as meninas eram responsabilizadas desde antes dos 10 anos por tarefas domésticas. E havia diferenças sutis nas expectativas parentais de profissão e escolarização, mais altas para os filhos, apesar de suas irmãs apresentarem melhor desempenho na escola e traçarem planos profissionais mais ambiciosos.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina
2016
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2016000100081 |
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Summary: | Resumo: Com o objetivo de compreender a influência da socialização familiar nas diferenças entre o desempenho escolar de meninas e meninos, foi realizado estudo qualitativo junto a oito famílias de setores populares na cidade de São Paulo. Este artigo enfoca a presença dos responsáveis no cotidiano escolar e os projetos de futuro traçados por adultos e crianças. A mobilização das famílias na escolha da escola não apresentava diferenças conforme o sexo do filho/a, mas pais e mães acompanhavam mais estritamente a escolarização dos meninos. Havia a expectativa de que os meninos entrassem para o mercado de trabalho em torno dos 16 anos e, paralelamente, as meninas eram responsabilizadas desde antes dos 10 anos por tarefas domésticas. E havia diferenças sutis nas expectativas parentais de profissão e escolarização, mais altas para os filhos, apesar de suas irmãs apresentarem melhor desempenho na escola e traçarem planos profissionais mais ambiciosos. |
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