Fauna helmintológica de ovinos provenientes da microrregião de Jaboticabal, estado de São Paulo, Brasil

Avaliou-se a prevalência e a contagem parasitária das diferentes espécies de helmintos de ovinos provenientes da microrregião de Jaboticabal, região Noroeste de São Paulo. Para tanto, foram utilizados 66 animais naturalmente infectados, de quatro a 36 meses de idade, criados em regime extensivo. Os resultados necroscópicos revelaram a presença de sete gêneros e 12 espécies, com a seguinte prevalência e a média de parasitismo: Haemonchus contortus: 100,0% (2947,2); Trichostrongylus colubriformis: 90,9% (3048,8); Cooperia curticei: 56,0% (256,5); Oesophagostomum columbianum: 48,4% (36,0); Cooperia punctata: 30,3% (94,5); Trichostrongylus axei: 22,7% (26,5); Strongyloides papillosusi: 19,6% (83,0); Haemonchus contortus (L4): 7,5% (17,2); Cooperia pectinatai: 10,6% (12,9); Trichuris ovis: 10,6% (0,6); Cooperia spatulata 4,5% (0,3); Capillaria bovis: 4,5% (0,1). A carga parasitária média foi de 6.524,7 helmintos por animal. Haemonchus contortus (Adultos e L4) e Trichostrongylus colubriformis corresponderam a 45,4% e 46,7% da carga parasitária média total, respectivamente. Pode-se concluir que as duas espécies de helmintos mais abundantes e importantes da microrregião de Jaboticabal/São Paulo foram Trichostrongylus colubriformis e Haemonchus contortus, sendo que essas duas espécies perfizeram 92,1% da distribuição percentual dos helmintos recolhidos de todos os animais. Tais resultados demonstram a importância em se realizar um monitoramento das contagens de ovos por grama de fezes (OPG) dos rebanhos desta região, quando o método FAMACHA for empregado em uma determinada propriedade, uma vez que este método de controle, geralmente, não permite diagnosticar os danos/sinais clínicos desencadeados nos animais pelo T. colubriformis, em função de essa espécie não possuir hábito de hematofagismo sobre os hospedeiros.

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Bibliographic Details
Main Authors: Maciel,Willian Giquelin, Felippelli,Gustavo, Lopes,Welber Daniel Zanetti, Teixeira,Weslen Fabricio Pires, Cruz,Breno Cayeiro, Santos,Thais Rabelo dos, Buzzulini,Carolina, Favero,Flavia, Gomes,Lucas Costa, Oliveira,Gilson Pereira de, Costa,Alvimar José da, Matos,Lucas Vinícius Shigaki de
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Maria 2014
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782014000300017
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Description
Summary:Avaliou-se a prevalência e a contagem parasitária das diferentes espécies de helmintos de ovinos provenientes da microrregião de Jaboticabal, região Noroeste de São Paulo. Para tanto, foram utilizados 66 animais naturalmente infectados, de quatro a 36 meses de idade, criados em regime extensivo. Os resultados necroscópicos revelaram a presença de sete gêneros e 12 espécies, com a seguinte prevalência e a média de parasitismo: Haemonchus contortus: 100,0% (2947,2); Trichostrongylus colubriformis: 90,9% (3048,8); Cooperia curticei: 56,0% (256,5); Oesophagostomum columbianum: 48,4% (36,0); Cooperia punctata: 30,3% (94,5); Trichostrongylus axei: 22,7% (26,5); Strongyloides papillosusi: 19,6% (83,0); Haemonchus contortus (L4): 7,5% (17,2); Cooperia pectinatai: 10,6% (12,9); Trichuris ovis: 10,6% (0,6); Cooperia spatulata 4,5% (0,3); Capillaria bovis: 4,5% (0,1). A carga parasitária média foi de 6.524,7 helmintos por animal. Haemonchus contortus (Adultos e L4) e Trichostrongylus colubriformis corresponderam a 45,4% e 46,7% da carga parasitária média total, respectivamente. Pode-se concluir que as duas espécies de helmintos mais abundantes e importantes da microrregião de Jaboticabal/São Paulo foram Trichostrongylus colubriformis e Haemonchus contortus, sendo que essas duas espécies perfizeram 92,1% da distribuição percentual dos helmintos recolhidos de todos os animais. Tais resultados demonstram a importância em se realizar um monitoramento das contagens de ovos por grama de fezes (OPG) dos rebanhos desta região, quando o método FAMACHA for empregado em uma determinada propriedade, uma vez que este método de controle, geralmente, não permite diagnosticar os danos/sinais clínicos desencadeados nos animais pelo T. colubriformis, em função de essa espécie não possuir hábito de hematofagismo sobre os hospedeiros.