Reparação traqueal em cães: transplante autógeno vs implante homógeno conservado em glicerina a 98% de cartilagem da pina
Diversas patologias acometem a traquéia dos animais domésticos de forma a comprometer o fluxo respiratório, inclusive a sobrevivência do animal. Obstrução por corpo estranho ou neoplasias, rupturas traumáticas, colapso e estenose são tidas como as principais. Reparações de defeitos induzidos experimentalmente em traquéias de 12 cães foram testadas comparativamente com o emprego de retalho de cartilagem da pina autógena em 6 cães (grupo I) e homógena conservada em glicerina a 98% nos demais (grupo II). Para tal, removeu-se um terço da circunferência de três anéis da traquéia cervical. Esses animais permaneceram durante um período de 30 e 45 dias sob observação e avaliação clínica em descanso e exercício físico moderado, sem apresentar quaisquer complicações decorrentes da cirurgia. Ao final desse período, o segmento traqueal operado foi submetido à avaliação macro e microscópica, sendo observado macroscopicamente, encobrimento completo do retalho por uma estrutura delgada e esbranquiçada em todos os animais. A análise microscópica da região transplantada do grupo I revelou que a mesma foi invadida por tecido de granulação, a lâmina própria apresentou moderada infiltração de neutrófilos e pouca fibrose com focos de hiperplasia epitelial. Nos animais do grupo II, foram observadas, na região do implante, além disso, discreta invasão de macrófagos e vasos neoformados, com inflamação moderada na lâmina própria, e epitélio sem alteração. Essas observações sugerem que o implante de cartilagem da pina conservada em glicerina a 98%, induz resposta menos agressiva pelo leito receptor, embora isso não seja evidenciado macroscopicamente.
Main Authors: | , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Santa Maria
2001
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000400012 |
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Summary: | Diversas patologias acometem a traquéia dos animais domésticos de forma a comprometer o fluxo respiratório, inclusive a sobrevivência do animal. Obstrução por corpo estranho ou neoplasias, rupturas traumáticas, colapso e estenose são tidas como as principais. Reparações de defeitos induzidos experimentalmente em traquéias de 12 cães foram testadas comparativamente com o emprego de retalho de cartilagem da pina autógena em 6 cães (grupo I) e homógena conservada em glicerina a 98% nos demais (grupo II). Para tal, removeu-se um terço da circunferência de três anéis da traquéia cervical. Esses animais permaneceram durante um período de 30 e 45 dias sob observação e avaliação clínica em descanso e exercício físico moderado, sem apresentar quaisquer complicações decorrentes da cirurgia. Ao final desse período, o segmento traqueal operado foi submetido à avaliação macro e microscópica, sendo observado macroscopicamente, encobrimento completo do retalho por uma estrutura delgada e esbranquiçada em todos os animais. A análise microscópica da região transplantada do grupo I revelou que a mesma foi invadida por tecido de granulação, a lâmina própria apresentou moderada infiltração de neutrófilos e pouca fibrose com focos de hiperplasia epitelial. Nos animais do grupo II, foram observadas, na região do implante, além disso, discreta invasão de macrófagos e vasos neoformados, com inflamação moderada na lâmina própria, e epitélio sem alteração. Essas observações sugerem que o implante de cartilagem da pina conservada em glicerina a 98%, induz resposta menos agressiva pelo leito receptor, embora isso não seja evidenciado macroscopicamente. |
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