Densidade urinária, dosagens séricas de uréia, creatinina e proteína total na aflatoxicose experimental em cães (Canis familiaris)

As aflatoxinas, embora principalmente hepatotóxicas, já foram descritas como nefrotóxicas em várias espécies animais. Neste trabalho, a patologia clínica veterinária foi utilizada para avaliar as alterações renais na aflatoxicose experimental em cães. Utilizaram-se quatro grupos de 5 cães, com colheitas diárias de sangue e urina, durante 12 dias consecutivos; nos quais realizaram-se dosagens séricas de uréia, creatinina e proteína total, e urinálise. O experimento foi dividido em três períodos, sendo o período 0 (dias l a 3) referente a colheita de dados para controle, período 1 (dias 4 a 8) considerando o tempo de administração da toxina e período 2 (dias 9 a 12) ao tempo após a intoxicação. As doses de aflatoxina usada foram de 100, 200, 400, e 600mg/kg/dia, respectivamente para os grupos I, II, III, IV, por via oral, misturada ao alimento, pelo período de cinco dias. As taxas de uréia e creatinina variaram dentro do intervalo normal dos valores de referência da literatura consultada. A proteína total e a densidade urinária estiveram próximas ou acima dos valores máximos de referência devido a hemoconcentração. A análise estatística evidenciou uma diminuição progressiva nos valores de uréia, creatinina e densidade urinária, com relação ao aumento da dose usada em cada grupo. Este fato foi atribuído à maior ingestão de água. Através dos resultados obtidos, concluiu-se que as doses aplicadas não foram suficientes para detectar lesão renal.

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Bibliographic Details
Main Authors: Torelly,Virgínia Peretti, Santurio,Jânio Morais, Fan,Luiz Carlos Ribeiro
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Maria 1996
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84781996000300012
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Description
Summary:As aflatoxinas, embora principalmente hepatotóxicas, já foram descritas como nefrotóxicas em várias espécies animais. Neste trabalho, a patologia clínica veterinária foi utilizada para avaliar as alterações renais na aflatoxicose experimental em cães. Utilizaram-se quatro grupos de 5 cães, com colheitas diárias de sangue e urina, durante 12 dias consecutivos; nos quais realizaram-se dosagens séricas de uréia, creatinina e proteína total, e urinálise. O experimento foi dividido em três períodos, sendo o período 0 (dias l a 3) referente a colheita de dados para controle, período 1 (dias 4 a 8) considerando o tempo de administração da toxina e período 2 (dias 9 a 12) ao tempo após a intoxicação. As doses de aflatoxina usada foram de 100, 200, 400, e 600mg/kg/dia, respectivamente para os grupos I, II, III, IV, por via oral, misturada ao alimento, pelo período de cinco dias. As taxas de uréia e creatinina variaram dentro do intervalo normal dos valores de referência da literatura consultada. A proteína total e a densidade urinária estiveram próximas ou acima dos valores máximos de referência devido a hemoconcentração. A análise estatística evidenciou uma diminuição progressiva nos valores de uréia, creatinina e densidade urinária, com relação ao aumento da dose usada em cada grupo. Este fato foi atribuído à maior ingestão de água. Através dos resultados obtidos, concluiu-se que as doses aplicadas não foram suficientes para detectar lesão renal.