Rede de atenção ao idoso: fatores facilitadores e barreiras para implementação

Resumo Este artigo tem por objetivos identificar e discutir os fatores que favorecem e os que dificultam a implementação de uma Rede de Atenção ao Idoso em um município com 100% de cobertura pela Estratégia Saúde da Família. Foi utilizada a metodologia qualitativa, com a realização de dez grupos focais e entrevista semiestruturada com o gestor de saúde do município. Os resultados foram contrastados com dados da estrutura do sistema de saúde local. O estudo revela que lógica atual do processo de trabalho da ESF não diferencia a assistência ao idoso à do adulto. Apesar da consolidação da atenção primária como porta de entrada e da forte atuação dos agentes comunitários de saúde no município estudado, a fragmentação do sistema de saúde e a ausência de um modelo de atenção à saúde da pessoa idosa ainda são grandes limitadores da assistência a essa população. Esse contexto é agravado pela deficiência dos recursos humanos e pelo cenário de desvalorização social da velhice. Espera-se que os conhecimentos gerados possam se transformar em subsídios para a implementação de um modelo de atenção à saúde do idoso adequado à realidade local.

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Bibliographic Details
Main Authors: COELHO,LÍVIA PEREIRA, MOTTA,LUCIANA BRANCO DA, CALDAS,CÉLIA PEREIRA
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva 2018
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312018000400603
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Summary:Resumo Este artigo tem por objetivos identificar e discutir os fatores que favorecem e os que dificultam a implementação de uma Rede de Atenção ao Idoso em um município com 100% de cobertura pela Estratégia Saúde da Família. Foi utilizada a metodologia qualitativa, com a realização de dez grupos focais e entrevista semiestruturada com o gestor de saúde do município. Os resultados foram contrastados com dados da estrutura do sistema de saúde local. O estudo revela que lógica atual do processo de trabalho da ESF não diferencia a assistência ao idoso à do adulto. Apesar da consolidação da atenção primária como porta de entrada e da forte atuação dos agentes comunitários de saúde no município estudado, a fragmentação do sistema de saúde e a ausência de um modelo de atenção à saúde da pessoa idosa ainda são grandes limitadores da assistência a essa população. Esse contexto é agravado pela deficiência dos recursos humanos e pelo cenário de desvalorização social da velhice. Espera-se que os conhecimentos gerados possam se transformar em subsídios para a implementação de um modelo de atenção à saúde do idoso adequado à realidade local.