O comportamento suicida de idosos institucionalizados: histórias de vida
Resumo Neste artigo estão resumidas e analisadas 16 histórias de vida de homens e mulheres idosos que residem em nove Instituições de Longa Permanência no Estado do Rio de Janeiro e que tentaram dar cabo à vida ou têm comportamento suicida. O estudo qualitativo foi precedido por uma pesquisa do perfil de 122 idosos residentes, por meio de um formulário do qual constam: dados socioeconômicos e demográficos: nome, data de nascimento, idade, sexo, estado civil, numero de filhos vivos e mortos, nacionalidade, raça, religião, grau de instrução, profissão/ocupação, renda e tempo em que reside na instituição; e cinco perguntas que direcionaram a seleção das pessoas com ideações e tentativas de suicídio, segundo um modelo criado pelo pesquisador italiano Scocco e seu grupo. Segundo as histórias narradas pelos oito homens e oito mulheres, observam-se relevantes diferenciações por gênero tanto nos aspectos sociodemográficos como motivacionais para o comportamento suicida. Os principais fatores comuns a homens e mulheres institucionalizados em situação de risco para a morte autoinfligida são: perda de laços afetivos e de pessoas referenciais, abuso de álcool e outras drogas, inadequação à vida institucional, doenças crônicas incapacitantes e dolorosas que repercutem em solidão, desesperança e falta de sentido para a vida.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva
2017
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312017000400981 |
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Summary: | Resumo Neste artigo estão resumidas e analisadas 16 histórias de vida de homens e mulheres idosos que residem em nove Instituições de Longa Permanência no Estado do Rio de Janeiro e que tentaram dar cabo à vida ou têm comportamento suicida. O estudo qualitativo foi precedido por uma pesquisa do perfil de 122 idosos residentes, por meio de um formulário do qual constam: dados socioeconômicos e demográficos: nome, data de nascimento, idade, sexo, estado civil, numero de filhos vivos e mortos, nacionalidade, raça, religião, grau de instrução, profissão/ocupação, renda e tempo em que reside na instituição; e cinco perguntas que direcionaram a seleção das pessoas com ideações e tentativas de suicídio, segundo um modelo criado pelo pesquisador italiano Scocco e seu grupo. Segundo as histórias narradas pelos oito homens e oito mulheres, observam-se relevantes diferenciações por gênero tanto nos aspectos sociodemográficos como motivacionais para o comportamento suicida. Os principais fatores comuns a homens e mulheres institucionalizados em situação de risco para a morte autoinfligida são: perda de laços afetivos e de pessoas referenciais, abuso de álcool e outras drogas, inadequação à vida institucional, doenças crônicas incapacitantes e dolorosas que repercutem em solidão, desesperança e falta de sentido para a vida. |
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