Relações do cotidiano: a pessoa com transtorno mental e sua rede de suporte social

O presente estudo buscou conhecer a vida cotidiana de egressos de hospitais psiquiátricos que foram reinternados num período inferior a seis meses. Teve como objetivos conhecer a rede social desta população e analisar suas possibilidades de inclusão social. Foi utilizado o conceito de cotidiano de Agnes Heller como referencial teórico e o conceito de Reabilitação Psicossocial como categoria analítica da pesquisa. Foram realizadas 22 entrevistas semiestruturadas com pessoas com transtorno mental reinternadas em hospitais psiquiátricos e seus familiares, buscando investigar o cotidiano desta população no período entre internações. As entrevistas foram então submetidas à análise do discurso, que revelou que os usuários encontram dificuldades de inclusão social mesmo quando fora do hospital psiquiátrico. Foram relatadas a dinâmica de exclusão e inclusão dos usuários no núcleo familiar e as possibilidades e apoios sociais encontrados na comunidade. Recomenda-se um cuidado especial na atenção aos familiares, o combate ao preconceito e a atuação dos serviços em saúde mental, para facilitar a participação dos usuários em espaços comunitários.

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Bibliographic Details
Main Authors: Salles,Mariana Moraes, Barros,Sônia
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva 2011
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312011000200012
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Summary:O presente estudo buscou conhecer a vida cotidiana de egressos de hospitais psiquiátricos que foram reinternados num período inferior a seis meses. Teve como objetivos conhecer a rede social desta população e analisar suas possibilidades de inclusão social. Foi utilizado o conceito de cotidiano de Agnes Heller como referencial teórico e o conceito de Reabilitação Psicossocial como categoria analítica da pesquisa. Foram realizadas 22 entrevistas semiestruturadas com pessoas com transtorno mental reinternadas em hospitais psiquiátricos e seus familiares, buscando investigar o cotidiano desta população no período entre internações. As entrevistas foram então submetidas à análise do discurso, que revelou que os usuários encontram dificuldades de inclusão social mesmo quando fora do hospital psiquiátrico. Foram relatadas a dinâmica de exclusão e inclusão dos usuários no núcleo familiar e as possibilidades e apoios sociais encontrados na comunidade. Recomenda-se um cuidado especial na atenção aos familiares, o combate ao preconceito e a atuação dos serviços em saúde mental, para facilitar a participação dos usuários em espaços comunitários.