Coconstrução do apego no primeiro semestre de vida: o papel do outro nessa constituição
Resumo A sobrevida do bebê humano é possibilitada pelo sistema de apego, na medida em que ele busca proximidade, emitindo comportamentos mediadores em direção a uma figura que lhe proporciona segurança. Reflexões provindas da existência de uma intersubjetividade inata e evidências de habilidades mais refinadas do que se conhecia à época da formulação da teoria de Bowlby levaram à hipótese de que o comportamento de apego pode ser observado antes do proposto por esse autor. Empreendeu-se um estudo de caso, em que se analisaram videogravações do primeiro semestre de vida de Marina. Selecionaram-se e analisaram-se microgeneticamente episódios de comportamento diferencial do bebê com seus cuidadores antes dos seis meses de idade; e mapearam-se os comportamentos mediadores com cada cuidador. O comportamento diferencial com uma figura discriminada foi visualizado já aos três meses de vida. Discutiram-se os processos dialógicos e culturais que repercutiram na seleção da mãe como figura de apego.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
2020
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642020000100209 |
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Summary: | Resumo A sobrevida do bebê humano é possibilitada pelo sistema de apego, na medida em que ele busca proximidade, emitindo comportamentos mediadores em direção a uma figura que lhe proporciona segurança. Reflexões provindas da existência de uma intersubjetividade inata e evidências de habilidades mais refinadas do que se conhecia à época da formulação da teoria de Bowlby levaram à hipótese de que o comportamento de apego pode ser observado antes do proposto por esse autor. Empreendeu-se um estudo de caso, em que se analisaram videogravações do primeiro semestre de vida de Marina. Selecionaram-se e analisaram-se microgeneticamente episódios de comportamento diferencial do bebê com seus cuidadores antes dos seis meses de idade; e mapearam-se os comportamentos mediadores com cada cuidador. O comportamento diferencial com uma figura discriminada foi visualizado já aos três meses de vida. Discutiram-se os processos dialógicos e culturais que repercutiram na seleção da mãe como figura de apego. |
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