É possível a hermenêutica analógica se constituir em um marco filosófico apropriado para a psicanálise?
Resumo Este artigo analisa as pretensões dos adeptos da hermenêutica analógica por se constituirem em um fundamento epistemológico necessário para a psicanálise. Primeiramente, são expostas as razões para o desembarque da tradição hermenêutica no campo freudiano, vinculando as críticas filosóficas que, em meados do século XX, foram feitas à psicanálise e a saída que vários analistas encontraram nos precursores filosóficos da hermenêutica contemporânea. Conceitualiza-se a renovada tentativa para redefinir a identidade epistêmica da psicoanálise atualmente a partir dos desenvolvimentos da hermenêutica analógica de Mauricio Beuchot. Em segundo lugar, apresentam-se algumas objeções críticas que impediriam essa reformulação e são defendidas por apoiarem as tensões metateóricas inerentes ao programa freudiano, potencializando sua fecundidade para avançar na busca por melhores fundamentos para a racionalidade da clínica psicoanalítica.
Main Author: | |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
2018
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642018000100067 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | Resumo Este artigo analisa as pretensões dos adeptos da hermenêutica analógica por se constituirem em um fundamento epistemológico necessário para a psicanálise. Primeiramente, são expostas as razões para o desembarque da tradição hermenêutica no campo freudiano, vinculando as críticas filosóficas que, em meados do século XX, foram feitas à psicanálise e a saída que vários analistas encontraram nos precursores filosóficos da hermenêutica contemporânea. Conceitualiza-se a renovada tentativa para redefinir a identidade epistêmica da psicoanálise atualmente a partir dos desenvolvimentos da hermenêutica analógica de Mauricio Beuchot. Em segundo lugar, apresentam-se algumas objeções críticas que impediriam essa reformulação e são defendidas por apoiarem as tensões metateóricas inerentes ao programa freudiano, potencializando sua fecundidade para avançar na busca por melhores fundamentos para a racionalidade da clínica psicoanalítica. |
---|