Lembrar, esquecer, censurar
O OBJECTIVO do autor neste artigo é descrever, de um ponto de vista micro, as articulações entre poder, censura e memória em Portugal, durante a fase final do regime do marquês de Pombal. Para tal, considera-se a produção da Real Mesa Censória, a instituição da censura que veio substituir o antigo sistema de censura tripartida em vigor durante mais de dois séculos. Através de uma viagem por algumas censuras do seu fundo documental, tenta ler-se a censura enquanto tentativa de controlar o que deve ser lembrado e o que deve ser esquecido, mas também a forma como deve ser lembrado e a forma como deve ser esquecido. Tenta também valorizar-se a censura enquanto documento que regista um trabalho intelectual, enquanto objecto de leitura e interpretação e enquanto parte de um diálogo mais vasto entre poder e cultura.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo
1999
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141999000300007 |
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Summary: | O OBJECTIVO do autor neste artigo é descrever, de um ponto de vista micro, as articulações entre poder, censura e memória em Portugal, durante a fase final do regime do marquês de Pombal. Para tal, considera-se a produção da Real Mesa Censória, a instituição da censura que veio substituir o antigo sistema de censura tripartida em vigor durante mais de dois séculos. Através de uma viagem por algumas censuras do seu fundo documental, tenta ler-se a censura enquanto tentativa de controlar o que deve ser lembrado e o que deve ser esquecido, mas também a forma como deve ser lembrado e a forma como deve ser esquecido. Tenta também valorizar-se a censura enquanto documento que regista um trabalho intelectual, enquanto objecto de leitura e interpretação e enquanto parte de um diálogo mais vasto entre poder e cultura. |
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