ESTRATÉGIAS DIGITAIS DOS POPULISMOS DE ESQUERDA E DE DIREITA: BRASIL E ESPANHA EM PERSPECTIVA COMPARADA

RESUMO A presente pesquisa identifica duas práticas distintas de relacionamento do populismo com as mídias digitais nesse início do século XXI: a horizontal e a vertical. A partir da análise comparada dos casos de Bolsonaro no Brasil e do Podemos na Espanha, representantes de um populismo de direita e de um populismo de esquerda, respectivamente, observou-se como cada uma dessas práticas políticas lida com as mídias digitais. O populismo de direita brasileiro opera uma mobilização social vertical, baseada em mensagens em redes sociais como Facebook, Whatsapp e Twitter que informam as agendas a serem seguidas por seu eleitorado. Assim, o eleitorado é receptor, mas também divulgador da agenda. Além disso, a prática das Fake News é crucial na tática de construção das narrativas empregada por Bolsonaro. O populismo de esquerda do Podemos, ao contrário, opera uma tática horizontal com a experimentação de práticas deliberativas nas redes sociais. O eleitorado é receptor e construtor da agenda.

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Main Authors: Rodrigues,Theófilo, Ferreira,Daniel
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: UNICAMP. Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) 2020
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132020000201070
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Summary:RESUMO A presente pesquisa identifica duas práticas distintas de relacionamento do populismo com as mídias digitais nesse início do século XXI: a horizontal e a vertical. A partir da análise comparada dos casos de Bolsonaro no Brasil e do Podemos na Espanha, representantes de um populismo de direita e de um populismo de esquerda, respectivamente, observou-se como cada uma dessas práticas políticas lida com as mídias digitais. O populismo de direita brasileiro opera uma mobilização social vertical, baseada em mensagens em redes sociais como Facebook, Whatsapp e Twitter que informam as agendas a serem seguidas por seu eleitorado. Assim, o eleitorado é receptor, mas também divulgador da agenda. Além disso, a prática das Fake News é crucial na tática de construção das narrativas empregada por Bolsonaro. O populismo de esquerda do Podemos, ao contrário, opera uma tática horizontal com a experimentação de práticas deliberativas nas redes sociais. O eleitorado é receptor e construtor da agenda.