A morte na perspectiva de enfermeiros e médicos de uma Unidade de Terapia Intensiva pediátrica

O presente estudo visou investigar a significação feita, em relação à morte, por enfermeiros e médicos de uma Unidade de Terapia Intensiva pediátrica. Participaram oito profissionais que atuavam, no mínimo há seis meses, em uma Unidade de Terapia Intensiva pediátrica do interior do Rio Grande do Sul, a saber, quatro enfermeiros e quatro médicos. Foi realizada entrevista semiestruturada guiada por eixos norteadores. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo, da qual surgiram duas categorias: "A morte como fracasso" e "A morte escamoteada". Os resultados apontam que, para os participantes, a morte foi tipicamente significada como fracasso. Além disso, esta também foi ocultada, negada e banalizada, através de diversos recursos empregados na tentativa de escamoteá-la. Compreende-se que a elaboração psíquica apresenta-se como a melhor estratégia diante de um contexto tão complexo, sendo sugeridas abordagens educativas e terapêuticas que proporcionem espaços elaborativos para esses profissionais.

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Bibliographic Details
Main Authors: CHERER,Evandro de Quadros, QUINTANA,Alberto Manuel, PINHEIRO,Ursula Maria Stockmann
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas 2015
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2015000400685
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Summary:O presente estudo visou investigar a significação feita, em relação à morte, por enfermeiros e médicos de uma Unidade de Terapia Intensiva pediátrica. Participaram oito profissionais que atuavam, no mínimo há seis meses, em uma Unidade de Terapia Intensiva pediátrica do interior do Rio Grande do Sul, a saber, quatro enfermeiros e quatro médicos. Foi realizada entrevista semiestruturada guiada por eixos norteadores. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo, da qual surgiram duas categorias: "A morte como fracasso" e "A morte escamoteada". Os resultados apontam que, para os participantes, a morte foi tipicamente significada como fracasso. Além disso, esta também foi ocultada, negada e banalizada, através de diversos recursos empregados na tentativa de escamoteá-la. Compreende-se que a elaboração psíquica apresenta-se como a melhor estratégia diante de um contexto tão complexo, sendo sugeridas abordagens educativas e terapêuticas que proporcionem espaços elaborativos para esses profissionais.