Rivalidade fraterna durante a gestação materna do segundo filho: manifestações e estratégias de manejo
A rivalidade fraterna pode ser considerada uma experiência normal para as crianças. O presente estudo investigou as impressões maternas sobre a rivalidade fraterna expressa pelos primogênitos durante a gestação do segundo filho. Participaram do estudo 24 gestantes de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, que se encontravam no último trimestre de gestação e que possuíam um filho com idade entre dois a seis anos. Através de análise de conteúdo qualitativa, com base em uma entrevista semi-estruturada, chamou atenção a vasta presença de relatos de rivalidade fraterna. Esta manifestou-se através de ataques dirigidos ao irmão ou à barriga da mãe, do medo de perder o amor/atenção dos progenitores, e do medo de ter o seu espaço pessoal invadido. Como estratégias para lidar com a rivalidade, ao mesmo tempo em que se identificavam com os bebês, os primogênitos buscavam diferenciar-se destes, menosprezando suas capacidades. No que tange às mães, buscavam ensinar o primogênito a dividir, além de preservá-lo de sentimentos de ciúmes.
Main Authors: | , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas
2015
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2015000400653 |
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Summary: | A rivalidade fraterna pode ser considerada uma experiência normal para as crianças. O presente estudo investigou as impressões maternas sobre a rivalidade fraterna expressa pelos primogênitos durante a gestação do segundo filho. Participaram do estudo 24 gestantes de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, que se encontravam no último trimestre de gestação e que possuíam um filho com idade entre dois a seis anos. Através de análise de conteúdo qualitativa, com base em uma entrevista semi-estruturada, chamou atenção a vasta presença de relatos de rivalidade fraterna. Esta manifestou-se através de ataques dirigidos ao irmão ou à barriga da mãe, do medo de perder o amor/atenção dos progenitores, e do medo de ter o seu espaço pessoal invadido. Como estratégias para lidar com a rivalidade, ao mesmo tempo em que se identificavam com os bebês, os primogênitos buscavam diferenciar-se destes, menosprezando suas capacidades. No que tange às mães, buscavam ensinar o primogênito a dividir, além de preservá-lo de sentimentos de ciúmes. |
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