A psicopatologia fenômeno-estrutural e o Rorschach no transtorno de pânico

Objetivou-se verificar a ocorrência de mecanismos ou dinâmicas típicas de pacientes com transtorno de pânico, considerando os princípios da psicopatologia fenômeno-estrutural. Participaram quatro pacientes diagnosticados pela SCID-I, que responderam à tarefa proposta pelo método de Rorschach. As interpretações tiveram como base os mecanismos de ligação e corte. Os resultados não demonstraram um padrão de funcionamento psíquico nos pacientes, mas, no que diz respeito a esses mecanismos, evidenciaram queda de qualidade e deslizes de pensamento na transição entre os mecanismos de corte e ligação. Quando o estilo predominante era o epilepto-sensorial, observaram-se perdas na qualidade das associações nas passagens para o mecanismo de corte, diferentemente do estilo esquizo-racional, que demonstrava fracasso na integração quando os pacientes usavam o mecanismo de ligação. Conclui-se que a percepção e a comunicação foram mais adequadas quando estavam presentes os mecanismos de ligação para o estilo epilepto-sensorial, sendo, em contrapartida, o mecanismo de corte mais eficiente para um estilo esquizo-racional.

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Bibliographic Details
Main Authors: Villemor-Amaral,Anna Elisa de, Franco,Renata da Rocha Campos, Farah,Flávia Helena Zanetti
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas 2008
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2008000100014
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Summary:Objetivou-se verificar a ocorrência de mecanismos ou dinâmicas típicas de pacientes com transtorno de pânico, considerando os princípios da psicopatologia fenômeno-estrutural. Participaram quatro pacientes diagnosticados pela SCID-I, que responderam à tarefa proposta pelo método de Rorschach. As interpretações tiveram como base os mecanismos de ligação e corte. Os resultados não demonstraram um padrão de funcionamento psíquico nos pacientes, mas, no que diz respeito a esses mecanismos, evidenciaram queda de qualidade e deslizes de pensamento na transição entre os mecanismos de corte e ligação. Quando o estilo predominante era o epilepto-sensorial, observaram-se perdas na qualidade das associações nas passagens para o mecanismo de corte, diferentemente do estilo esquizo-racional, que demonstrava fracasso na integração quando os pacientes usavam o mecanismo de ligação. Conclui-se que a percepção e a comunicação foram mais adequadas quando estavam presentes os mecanismos de ligação para o estilo epilepto-sensorial, sendo, em contrapartida, o mecanismo de corte mais eficiente para um estilo esquizo-racional.