Emprego da submucosa de intestino delgado porcina no reparo de lesões do esôfago cervical. Estudo experimental em cães

OBJETIVO: Pesquisar a eficácia da submucosa de intestino delgado (SID) porcina como enxerto para reparo de lesões em esôfago cervical de cães. MÉTODOS: Foram operados 10 cães. Ressecou-se parcialmente uma porção da parede anterior do esôfago que foi substituída por um enxerto de SID. Avaliaram-se a resistência tensiométrica, o aspecto macroscópico, a regeneração tecidual e a concentração de colágeno da porção esofágica onde se implantou o enxerto. RESULTADOS: Não houve infecção, fístula ou estenose. Verificou-se ganho semelhante de resistência do esôfago operado em relação ao controle: 31.84N contra 28.60N em média (p=0,593). A macroscopia revelou cicatrização completa com pouca retração tecidual. O estudo anátomo-patológico por HE mostrou re-epitelização completa da mucosa, proliferação vascular discreta a moderada e proliferação fibroblástica intensa. Na análise do colágeno pelo Sirus-red obteve-se em média 54.04% de colágeno tipo I, 16,04% de colágeno tipo III e 71.58% de colágeno total. CONCLUSÃO: A SID mostrou ser, no cão, um enxerto eficaz no reparo de lesões maiores do esôfago, apresentando-se resistente à infecção e à rejeição. A SID deve ser, portanto, considerada opção importante no tratamento destas lesões.

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Bibliographic Details
Main Authors: Souza Filho,Zacarias Alves de, Ioshii,Sérgio Ossamu, Greca,Fernando Hintz, Biondo-Simões,Maria de Lourdes Pessole, Rocha,Sérgio Luiz, Duda,João Ricardo, Oliveira Filho,Hélio Rubens de
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia 2003
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-86502003000300010
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Summary:OBJETIVO: Pesquisar a eficácia da submucosa de intestino delgado (SID) porcina como enxerto para reparo de lesões em esôfago cervical de cães. MÉTODOS: Foram operados 10 cães. Ressecou-se parcialmente uma porção da parede anterior do esôfago que foi substituída por um enxerto de SID. Avaliaram-se a resistência tensiométrica, o aspecto macroscópico, a regeneração tecidual e a concentração de colágeno da porção esofágica onde se implantou o enxerto. RESULTADOS: Não houve infecção, fístula ou estenose. Verificou-se ganho semelhante de resistência do esôfago operado em relação ao controle: 31.84N contra 28.60N em média (p=0,593). A macroscopia revelou cicatrização completa com pouca retração tecidual. O estudo anátomo-patológico por HE mostrou re-epitelização completa da mucosa, proliferação vascular discreta a moderada e proliferação fibroblástica intensa. Na análise do colágeno pelo Sirus-red obteve-se em média 54.04% de colágeno tipo I, 16,04% de colágeno tipo III e 71.58% de colágeno total. CONCLUSÃO: A SID mostrou ser, no cão, um enxerto eficaz no reparo de lesões maiores do esôfago, apresentando-se resistente à infecção e à rejeição. A SID deve ser, portanto, considerada opção importante no tratamento destas lesões.