Miocardiopatia terminal com insuficiência mitral secundária: tratamento com implante de prótese e remodelamento interno do ventrículo esquerdo

OBJETIVO: Analisar o resultado de uma alternativa operatória que envolve a correção da regurgitação mitral pelo implante de uma prótese de diâmetro menor do que o anel mitral e redução da esfericidade do ventrículo esquerdo com tração dos músculos papilares em direção ao anel, em portadores de miocardiopatia terminal e regurgitação mitral secundária. MÉTODO: Entre dezembro de 1995 e setembro de 2005, 116 pacientes foram operados com a técnica proposta. Os pacientes foram analisados de acordo com critérios clínicos, dados ecocardiográficos e aspectos morfológicos do ventrículo esquerdo. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi 16,3% (19/116). O tempo médio de acompanhamento foi 38±16 meses. Após a alta hospitalar, a curva atuarial de sobrevida permaneceu estável com aceitável taxa de mortalidade tardia. Observou-se importante melhora clínica dos pacientes e de alguns parâmetros ecocardiográficos, especialmente redução da esfericidade do ventrículo esquerdo. CONCLUSÃO: Apesar da alta mortalidade operatória, a técnica apresentada representa uma alternativa aceitável no tratamento de portadores de miocardiopatia terminal com insuficiência cardíaca refratária associada à regurgitação mitral secundária.

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Bibliographic Details
Main Authors: Breda,João Roberto, Palma,José Honório de Almeida, Teles,Carlos Alberto, Branco,João Nelson Rodrigues, Catani,Roberto, Buffolo,Enio
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 2006
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382006000300007
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Description
Summary:OBJETIVO: Analisar o resultado de uma alternativa operatória que envolve a correção da regurgitação mitral pelo implante de uma prótese de diâmetro menor do que o anel mitral e redução da esfericidade do ventrículo esquerdo com tração dos músculos papilares em direção ao anel, em portadores de miocardiopatia terminal e regurgitação mitral secundária. MÉTODO: Entre dezembro de 1995 e setembro de 2005, 116 pacientes foram operados com a técnica proposta. Os pacientes foram analisados de acordo com critérios clínicos, dados ecocardiográficos e aspectos morfológicos do ventrículo esquerdo. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi 16,3% (19/116). O tempo médio de acompanhamento foi 38±16 meses. Após a alta hospitalar, a curva atuarial de sobrevida permaneceu estável com aceitável taxa de mortalidade tardia. Observou-se importante melhora clínica dos pacientes e de alguns parâmetros ecocardiográficos, especialmente redução da esfericidade do ventrículo esquerdo. CONCLUSÃO: Apesar da alta mortalidade operatória, a técnica apresentada representa uma alternativa aceitável no tratamento de portadores de miocardiopatia terminal com insuficiência cardíaca refratária associada à regurgitação mitral secundária.