Controle ácido-básico na hipotermia

O emprego da hipotermia profunda tem se constituído, atualmente, numa Importante estratégia para melhoria da qualidade técnica e resultados em cirurgia cardiovascular. A hipotermia reduz os danos teciduais induzidos pela isquemia por diminuir o metabolismo e preservar os fosfatos energéticos. A regulação do pH tecidual durante a hipotermia é fundamental para a manutenção da homeostasia celular, já que a hipotermia induz alterações desse pH pela mudança provocada na constante de dissociação da água. A questão do melhor manuseio dos gases sangüíneos durante a hipotermia induzida tem sido objeto de controvérsia. Duas abordagens têm sido preconizadas para o manejo das alterações iónicas durante a hipotermia. A regulção pH-stat envolve a manutenção do pH constante de 7,40 em todas as temperaturas com ajustes da PaCO2 e a regulação α-stat permite a variação do pH sangüíneo, que aumenta conforme a diminuição da temperatura e o conteúdo total corpóreo de CO2 é mantido constante. Nesta presente revisão a relação entre pH sangüíneo e intracelular e as alterações iónicas induzidas pela hipotermia são discutidas.

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Bibliographic Details
Main Authors: Gomes,Walter José, Buffolo,Ênio
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 1993
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381993000300003
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Summary:O emprego da hipotermia profunda tem se constituído, atualmente, numa Importante estratégia para melhoria da qualidade técnica e resultados em cirurgia cardiovascular. A hipotermia reduz os danos teciduais induzidos pela isquemia por diminuir o metabolismo e preservar os fosfatos energéticos. A regulação do pH tecidual durante a hipotermia é fundamental para a manutenção da homeostasia celular, já que a hipotermia induz alterações desse pH pela mudança provocada na constante de dissociação da água. A questão do melhor manuseio dos gases sangüíneos durante a hipotermia induzida tem sido objeto de controvérsia. Duas abordagens têm sido preconizadas para o manejo das alterações iónicas durante a hipotermia. A regulção pH-stat envolve a manutenção do pH constante de 7,40 em todas as temperaturas com ajustes da PaCO2 e a regulação α-stat permite a variação do pH sangüíneo, que aumenta conforme a diminuição da temperatura e o conteúdo total corpóreo de CO2 é mantido constante. Nesta presente revisão a relação entre pH sangüíneo e intracelular e as alterações iónicas induzidas pela hipotermia são discutidas.