Cirurgia valvar na infância: um novo aspecto de ação

De janeiro de 1978 a dezembro de 1991, 148 crianças (idade igual ou menor a 15 anos) foram operadas pela primeira vez, para correção de defeitos adquiridos (doença reumática) em uma das valvas cardíacas. A casuística foi dividida em duas épocas, demarcadas pela determinação do Serviço em preservar o maior número possível das valvas tratadas, em especial, nesse grupo de pacientes. No último ano, foram operadas 24 crianças, nas quais a valva mitral foi abordada 20 vezes e a aórtica 8 vezes. O índice de aproveitamento da valva mitral foi de 95% (28% no período anterior) e da valva aórtica 62% (20% no período anterior). A mortalidade global foi de 8% no período anterior e não houve óbitos no último ano da experiência. Nenhum paciente apresentou qualquer complicação e todos evoluíram satisfatoriamente. Concluímos que, com determinação, é possível preservar a maior parte das valvas acometida por doença reumática na infância e sugerimos que a indicação cirúrgica deva ser o mais precoce possível, para evitar alterações no aparelho valvar secundárias à disfunção, bem como um seguimento tardio efetivo mais duradouro, para julgar se a plastia é realmente superior à substituição valvar em pacientes jovens com doença reumática.

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Bibliographic Details
Main Authors: Mendonça,José Teles de, Wanderley Neto,José, Carvalho,Marcos R, Costa,Rika K. da, Franco Filho,Edson, Costa,Geodete Batista, Barros,Marcus Antônio L. de, Andrade,Clóvis Oliveira, Almeida,Maria Luíza Dória, Barros,Lívia Chagas de
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 1992
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381992000300003
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Summary:De janeiro de 1978 a dezembro de 1991, 148 crianças (idade igual ou menor a 15 anos) foram operadas pela primeira vez, para correção de defeitos adquiridos (doença reumática) em uma das valvas cardíacas. A casuística foi dividida em duas épocas, demarcadas pela determinação do Serviço em preservar o maior número possível das valvas tratadas, em especial, nesse grupo de pacientes. No último ano, foram operadas 24 crianças, nas quais a valva mitral foi abordada 20 vezes e a aórtica 8 vezes. O índice de aproveitamento da valva mitral foi de 95% (28% no período anterior) e da valva aórtica 62% (20% no período anterior). A mortalidade global foi de 8% no período anterior e não houve óbitos no último ano da experiência. Nenhum paciente apresentou qualquer complicação e todos evoluíram satisfatoriamente. Concluímos que, com determinação, é possível preservar a maior parte das valvas acometida por doença reumática na infância e sugerimos que a indicação cirúrgica deva ser o mais precoce possível, para evitar alterações no aparelho valvar secundárias à disfunção, bem como um seguimento tardio efetivo mais duradouro, para julgar se a plastia é realmente superior à substituição valvar em pacientes jovens com doença reumática.