Tolerância da placenta à parada circulatória umbilical normotérmica

O aumento da resistência vascular placentáriae distúrbios de trocas gasosas freqüentemente ocorrem após a circulação extracorpórea (CEC) fetal. A utilização de um circuito convencional de CEC que exclua a placenta da circulação através do clampeamento temporário do cordão umbilical pode proteger a vasculatura placentária dos estímulos que levam ao aumento da resistência vascular. Para avaliar a tolerância placentária à parada normotérmica do fluxo sangüíneo umbílico-placentário, 9 placentas de ovelhas isoladas in-situ, foram colocadas em CEC através da canulação dos vasos umbilicais, com fluxo médio de artéria umbilical de 214 ml/min/kg. Após 30 minutos de estabelecimento da CEC, a circulação placentária foi interrompida por 30 minutos, simulando o clapeamento do cordão umbilical durante a CEC fetal total. Posteriormente, a circulação placentária foi restabelecida aos valores basais. A troca de gases placentária, o fluxo sangüíneo e a resistência vascular materno-placentários foram avaliados antes e depois da parada circulatória. Não houve diferença estatisticamente significante entre os gradientes transplacentários de pO2 e pCO2, indicando que a interrupção do fluxo sangüíneo placentário por 30 minutos, em condições normotérmicas, não afeta a função placentária. Este modelo sugere um método alternativo para a aplicação clínica da CEC fetal, através da exclusão da circulação umbílico-placentária durante a CEC fetal, eliminandose, assim, os efeitos deletérios da CEC nas trocas gasosas placentárias.

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Bibliographic Details
Main Authors: Assad,Renato S, Lee,Fan-Yen, Sabik,Joseph, Mackenzie,Saralyn, Hanley,Frank L
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 1992
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381992000300001
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Description
Summary:O aumento da resistência vascular placentáriae distúrbios de trocas gasosas freqüentemente ocorrem após a circulação extracorpórea (CEC) fetal. A utilização de um circuito convencional de CEC que exclua a placenta da circulação através do clampeamento temporário do cordão umbilical pode proteger a vasculatura placentária dos estímulos que levam ao aumento da resistência vascular. Para avaliar a tolerância placentária à parada normotérmica do fluxo sangüíneo umbílico-placentário, 9 placentas de ovelhas isoladas in-situ, foram colocadas em CEC através da canulação dos vasos umbilicais, com fluxo médio de artéria umbilical de 214 ml/min/kg. Após 30 minutos de estabelecimento da CEC, a circulação placentária foi interrompida por 30 minutos, simulando o clapeamento do cordão umbilical durante a CEC fetal total. Posteriormente, a circulação placentária foi restabelecida aos valores basais. A troca de gases placentária, o fluxo sangüíneo e a resistência vascular materno-placentários foram avaliados antes e depois da parada circulatória. Não houve diferença estatisticamente significante entre os gradientes transplacentários de pO2 e pCO2, indicando que a interrupção do fluxo sangüíneo placentário por 30 minutos, em condições normotérmicas, não afeta a função placentária. Este modelo sugere um método alternativo para a aplicação clínica da CEC fetal, através da exclusão da circulação umbílico-placentária durante a CEC fetal, eliminandose, assim, os efeitos deletérios da CEC nas trocas gasosas placentárias.