Tratamento cirúrgico do abscesso aórtico com descontinuidade ventrículo esquerdo-aorta em endocardite infecciosa
A endocardite infecciosa é uma complicação séria, em pacientes portadores de valvopatias, e, algumas vezes, apresenta dificuldades técnicas para sua correção. Uma dessas situações diz respeito a disfunções de próteses colocadas em posição aórtica, ou de valvas naturais aórticas, em que a endocardite leva à descontinuidade entre o ventrículo esquerdo e a aorta, por comprometimento da continuidade mitroaórtica, ou do septo muscular. No Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, operamos 3 pacientes, nos quais havia abscesso em fundo cego, mas provocando grande separação entre o ventrículo esquerdo e a aorta e nos quais a fixação da prótese não poderia ser feita pelas técnicas habituais, nem pela suspensão do folheto anterior da mitral. Nesses casos, reconstruímos a continuidade entre o ventrículo esquerdo e a aorta, empregando retalho de pericárdio bovino e fixando a prótese, em parte, no anel valvar ainda preservado e, em parte, em um anel criado pelos pontos passados no pericárdio implantado. Um desses pacientes faleceu com 26 dias de pós-operatório, por embolia pulmonar, e com a prótese normal. Os 2 outros receberam alta e estão assintomáticos, com 14 e 4 meses de evolução. O último tem discreto refluxo aórtico, ao ecocardiograma.
Main Authors: | , , , , , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
1987
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381987000100006 |
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Summary: | A endocardite infecciosa é uma complicação séria, em pacientes portadores de valvopatias, e, algumas vezes, apresenta dificuldades técnicas para sua correção. Uma dessas situações diz respeito a disfunções de próteses colocadas em posição aórtica, ou de valvas naturais aórticas, em que a endocardite leva à descontinuidade entre o ventrículo esquerdo e a aorta, por comprometimento da continuidade mitroaórtica, ou do septo muscular. No Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, operamos 3 pacientes, nos quais havia abscesso em fundo cego, mas provocando grande separação entre o ventrículo esquerdo e a aorta e nos quais a fixação da prótese não poderia ser feita pelas técnicas habituais, nem pela suspensão do folheto anterior da mitral. Nesses casos, reconstruímos a continuidade entre o ventrículo esquerdo e a aorta, empregando retalho de pericárdio bovino e fixando a prótese, em parte, no anel valvar ainda preservado e, em parte, em um anel criado pelos pontos passados no pericárdio implantado. Um desses pacientes faleceu com 26 dias de pós-operatório, por embolia pulmonar, e com a prótese normal. Os 2 outros receberam alta e estão assintomáticos, com 14 e 4 meses de evolução. O último tem discreto refluxo aórtico, ao ecocardiograma. |
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