Cirurgia orovalvar na criança: experiência de 135 casos

Foram analisados 135 pacientes levados a cirurgia do aparelho valvar, com idade inferior a quinze anos, no período de 11 anos (fevereiro de 1975 a fevereiro de 1986). Os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com o tipo de cirurgia realizada. No grupo I, formado por 60 crianças, foi preservado o aparelho valvar por técnicas cirúrgicas reparadoras da anatomia e função valvar. Tivemos uma mortalidade cirúrgica de 7%, 34% estão sem seguimento. Dos pacientes acompanhados, 72% encontram-se assintomáticos, ou pouco sintomáticos; 2 pacientes (5%) foram a óbito tardio e 22% foram reoperados para implante de prótese. No grupo II, 75 pacientes foram levados a cirurgia, para implante de prótese. A mortalidade hospitalar foi de 12% e 13 pacientes (20%) estão sem seguimento. Dos pacientes acompanhados, 71 % estão assintomáticos, ou pouco sintomáticos; 4% voltaram a apresentar sintomas; 13% (7 pacientes) foram a óbito tardio e 23% (12 pacientes) foram reoperados. À análise mais detalhada dos dois grupos, as mortalidades hospitalar e tardia nos induzem a concluir que se deve fazer todo o empenho na preservação do aparelho valvar lesado. O baixo nível sócio-econômico, responsável pela baixa faixa etária em que são atingidos os pacientes em suas lesões valvares, é também responsável pela extrema dificuldade em se manter o acompanhamento clínico pós-operatório.

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Bibliographic Details
Main Authors: Eloy,Ricardo, Ferreira, Jr,Augusto, Carvalho,Heitor, Brito,José Carlos, Tadeu,Eduardo, Nery,Antônio Carlos, Ribeiro,Angela, Oliveira,Regina, Ribeiro,Nilzo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 1986
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381986000200006
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Description
Summary:Foram analisados 135 pacientes levados a cirurgia do aparelho valvar, com idade inferior a quinze anos, no período de 11 anos (fevereiro de 1975 a fevereiro de 1986). Os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com o tipo de cirurgia realizada. No grupo I, formado por 60 crianças, foi preservado o aparelho valvar por técnicas cirúrgicas reparadoras da anatomia e função valvar. Tivemos uma mortalidade cirúrgica de 7%, 34% estão sem seguimento. Dos pacientes acompanhados, 72% encontram-se assintomáticos, ou pouco sintomáticos; 2 pacientes (5%) foram a óbito tardio e 22% foram reoperados para implante de prótese. No grupo II, 75 pacientes foram levados a cirurgia, para implante de prótese. A mortalidade hospitalar foi de 12% e 13 pacientes (20%) estão sem seguimento. Dos pacientes acompanhados, 71 % estão assintomáticos, ou pouco sintomáticos; 4% voltaram a apresentar sintomas; 13% (7 pacientes) foram a óbito tardio e 23% (12 pacientes) foram reoperados. À análise mais detalhada dos dois grupos, as mortalidades hospitalar e tardia nos induzem a concluir que se deve fazer todo o empenho na preservação do aparelho valvar lesado. O baixo nível sócio-econômico, responsável pela baixa faixa etária em que são atingidos os pacientes em suas lesões valvares, é também responsável pela extrema dificuldade em se manter o acompanhamento clínico pós-operatório.