RAÇA E CLASSE NA CLÍNICA PSICOLÓGICA: CONCEPÇÕES DE ESTAGIÁRIOS DO INTERIOR DA AMAZÔNIA OCIDENTAL

Resumo Este trabalho resulta de uma pesquisa qualitativa que verificou as percepções de estagiários de Psicologia, através de entrevistas semiestruturadas, sobre questões raciais e de classe social, e como esses fatores se evidenciam na clínica de psicológica. O método de análise das entrevistas foi a Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados indicam: restrito conhecimento temático; dificuldades em relacionar conceitos de forma crítica que abarquem as especificidades desses fenômenos na realidade; escasso repertório teórico-metodológico dos estagiários em identificar tais questões em clínica, limitando-se a utilização de técnicas psicoterapêuticas que não contemplam as especificidades dessas demandas. Por fim, as questões raciais e de classe não são suficientemente discutidas no campo das intervenções clínicas, o que sugere que a formação em Psicologia no interior de Rondônia não contempla aprendizados que habilitem os futuros profissionais à intervenção adequada às questões sócio-raciais.

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Bibliographic Details
Main Authors: Carvalho,Fábio Rodrigues, Missiatto,Leandro Aparecido Fonseca
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Psicologia Social 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822021000100245
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Summary:Resumo Este trabalho resulta de uma pesquisa qualitativa que verificou as percepções de estagiários de Psicologia, através de entrevistas semiestruturadas, sobre questões raciais e de classe social, e como esses fatores se evidenciam na clínica de psicológica. O método de análise das entrevistas foi a Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados indicam: restrito conhecimento temático; dificuldades em relacionar conceitos de forma crítica que abarquem as especificidades desses fenômenos na realidade; escasso repertório teórico-metodológico dos estagiários em identificar tais questões em clínica, limitando-se a utilização de técnicas psicoterapêuticas que não contemplam as especificidades dessas demandas. Por fim, as questões raciais e de classe não são suficientemente discutidas no campo das intervenções clínicas, o que sugere que a formação em Psicologia no interior de Rondônia não contempla aprendizados que habilitem os futuros profissionais à intervenção adequada às questões sócio-raciais.