ITINERÁRIOS TERAPÊUTICOS DE HOMENS TRANS EM TRANSIÇÃO DE GÊNERO

Resumo Este artigo busca compreender os itinerários terapêuticos de homens trans, analisando as relações com os sistemas formais e informais em saúde. Entende-se por itinerário as trajetórias, estratégias e recursos dessa população em busca de cuidados com a saúde e de possíveis mudanças corporais. Trata-se de pesquisa qualitativa, sob perspectiva analítico-institucional, realizada através de entrevistas semiestruturadas com quatro homens trans em processo de transição de gênero. Para análise dos resultados foram construídas três linhas de análise. Na primeira, foram abordadas as primeiras experiências vivenciadas pelos participantes, que vão desde o seu autorreconhecimento, até a busca por informações sobre a transexualidade através de redes sociais, a automedicação e uso de próteses. Na segunda linha, abordam-se os caminhos percorridos e suas relações com os sistemas de saúde. Por fim, o estigma é analisado como um atravessamento das ações dos serviços ofertados. A pesquisa busca dar subsídios para políticas nesta área.

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Bibliographic Details
Main Authors: Mattos,Mario Henrique de, Zambenedetti,Gustavo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Psicologia Social 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822021000100235
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Summary:Resumo Este artigo busca compreender os itinerários terapêuticos de homens trans, analisando as relações com os sistemas formais e informais em saúde. Entende-se por itinerário as trajetórias, estratégias e recursos dessa população em busca de cuidados com a saúde e de possíveis mudanças corporais. Trata-se de pesquisa qualitativa, sob perspectiva analítico-institucional, realizada através de entrevistas semiestruturadas com quatro homens trans em processo de transição de gênero. Para análise dos resultados foram construídas três linhas de análise. Na primeira, foram abordadas as primeiras experiências vivenciadas pelos participantes, que vão desde o seu autorreconhecimento, até a busca por informações sobre a transexualidade através de redes sociais, a automedicação e uso de próteses. Na segunda linha, abordam-se os caminhos percorridos e suas relações com os sistemas de saúde. Por fim, o estigma é analisado como um atravessamento das ações dos serviços ofertados. A pesquisa busca dar subsídios para políticas nesta área.