Casa: uma poética da terceira pele

A percepção espacial diz respeito a posturas de diferentes naturezas frente ao entorno: estabelecemos com ele relações utilitárias, relações que evocam características simbólicas do espaço, ou, ainda, que estão fundamentadas em sensações decorrentes do envolvimento direto e atual do indivíduo junto ao ambiente. O presente ensaio reúne impressões que habitam os três universos acima considerados e faz parte de um exercício que busca evidenciar o sentido próprio da arquitetura. Uma vez que a investigação da natureza do objeto arquitetônico, como espaço do habitar que é, passa pelo entendimento das qualidades de ser humano, elegemos temas que fazem supor aspectos dessa condição (desejos, necessidades, metas), entre eles: água, fogo, interior e exterior, luz e sombra, movimento, vazio. E o fizemos através da casa, obra primeira da referência existencial, concebida como extensão do corpo e que carrega, tal qual o corpo, a imagem da totalidade, através da condição natural de microcosmo particular.

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Bibliographic Details
Main Author: Felippe,Maíra Longhinotti
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Psicologia Social 2010
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822010000200010
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Description
Summary:A percepção espacial diz respeito a posturas de diferentes naturezas frente ao entorno: estabelecemos com ele relações utilitárias, relações que evocam características simbólicas do espaço, ou, ainda, que estão fundamentadas em sensações decorrentes do envolvimento direto e atual do indivíduo junto ao ambiente. O presente ensaio reúne impressões que habitam os três universos acima considerados e faz parte de um exercício que busca evidenciar o sentido próprio da arquitetura. Uma vez que a investigação da natureza do objeto arquitetônico, como espaço do habitar que é, passa pelo entendimento das qualidades de ser humano, elegemos temas que fazem supor aspectos dessa condição (desejos, necessidades, metas), entre eles: água, fogo, interior e exterior, luz e sombra, movimento, vazio. E o fizemos através da casa, obra primeira da referência existencial, concebida como extensão do corpo e que carrega, tal qual o corpo, a imagem da totalidade, através da condição natural de microcosmo particular.