A identidade em discursos de taxistas

Este artigo é resultado de uma pesquisa mais ampla, cujo objetivo principal foi o de analisar a construção da identidade em discursos de taxistas que fazem em seus veículos o transporte alternativo entre os municípios de João Pessoa e Campina Grande - PB. Optou-se por uma pesquisa qualitativa, por meio da qual foram obtidos treze relatos orais de vida - sete em Campina Grande e seis em João Pessoa -, os quais foram submetidos à análise de discurso. Nos relatos, predominam descrições em que os taxistas se posicionam como membros desencantados de uma profissão decadente, que mal lhes garante a sobrevivência. A situação atual, difícil e instável, é contrastada insistentemente com um passado financeiramente mais estável. Em seus discursos, os entrevistados retratam si mesmos e o grupo ao qual pertencem como trabalhadores que lutam pela sobrevivência, legitimando, assim, a necessidade de optar pelo transporte alternativo.

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Bibliographic Details
Main Authors: Velôso,Thelma Maria Grisi, Oliveira Filho,Pedro de, Medeiros,Carolina Silva de, Araújo,Audizélia dos Santos
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Psicologia Social 2009
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822009000100014
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Summary:Este artigo é resultado de uma pesquisa mais ampla, cujo objetivo principal foi o de analisar a construção da identidade em discursos de taxistas que fazem em seus veículos o transporte alternativo entre os municípios de João Pessoa e Campina Grande - PB. Optou-se por uma pesquisa qualitativa, por meio da qual foram obtidos treze relatos orais de vida - sete em Campina Grande e seis em João Pessoa -, os quais foram submetidos à análise de discurso. Nos relatos, predominam descrições em que os taxistas se posicionam como membros desencantados de uma profissão decadente, que mal lhes garante a sobrevivência. A situação atual, difícil e instável, é contrastada insistentemente com um passado financeiramente mais estável. Em seus discursos, os entrevistados retratam si mesmos e o grupo ao qual pertencem como trabalhadores que lutam pela sobrevivência, legitimando, assim, a necessidade de optar pelo transporte alternativo.