Hospital psiquiátrico: (re)afirmação da exclusão

Nosso objetivo é compreender a situação da instituição psiquiátrica hoje, quanto ao perfil da população internada e quais as suas perspectivas face aos questionamentos e propostas do movimento de reforma psiquiátrica e luta antimanicomial. O projeto foi desenvolvido em uma instituição de Bauru/SP, com a população feminina ali internada. Foi realizada a caracterização da amostra, a partir dos dados constantes do sistema de registro utilizado pela instituição, anotando-se as seguintes variáveis: idade, estado civil, escolaridade, naturalidade, ocupação, local de moradia e diagnóstico. Foi feita a análise quantitativa e qualitativa dos dados coletados. Constatou-se que a função principal da instituição psiquiátrica continua sendo a exclusão. A necessidade de construção dos modelos substitutivos em saúde mental que valorizem a integridade e promovam a cidadania, torna-se a única possibilidade de resistência do movimento antimanicomial.

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Bibliographic Details
Main Author: Gradella Junior,Osvaldo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Psicologia Social 2002
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822002000100006
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Description
Summary:Nosso objetivo é compreender a situação da instituição psiquiátrica hoje, quanto ao perfil da população internada e quais as suas perspectivas face aos questionamentos e propostas do movimento de reforma psiquiátrica e luta antimanicomial. O projeto foi desenvolvido em uma instituição de Bauru/SP, com a população feminina ali internada. Foi realizada a caracterização da amostra, a partir dos dados constantes do sistema de registro utilizado pela instituição, anotando-se as seguintes variáveis: idade, estado civil, escolaridade, naturalidade, ocupação, local de moradia e diagnóstico. Foi feita a análise quantitativa e qualitativa dos dados coletados. Constatou-se que a função principal da instituição psiquiátrica continua sendo a exclusão. A necessidade de construção dos modelos substitutivos em saúde mental que valorizem a integridade e promovam a cidadania, torna-se a única possibilidade de resistência do movimento antimanicomial.