Novos rumos do sindicalismo no Brasil

O objetivo deste artigo é resgatar o debate sobre os rumos do corporativismo no Brasil após a redemocratização e avaliar o impacto das mudanças institucionais recentes para o sistema de intermediação de interesse. A retomada da abordagem corporativista na literatura internacional permite um contraponto para o debate interno ao recolocar a importância das dimensões organizacionais e de "modo de tomada de decisão" para caracterizar o corporativismo como sistema de intermediação de interesses. A partir dessa leitura, o trabalho aponta para o fortalecimento da estrutura sindical, particularmente das organizações de cúpula, e para a multiplicação e a consolidação de diversas arenas tripartite, responsáveis pela definição de temas importantes da política pública. Esses novos traços parecem aproximar cada vez o modelo brasileiro do tipo societário de corporativismo, em oposição ao pluralismo.

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Bibliographic Details
Main Author: Ferraz,Alexandre Sampaio
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais - ANPOCS 2014
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092014000300008
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Summary:O objetivo deste artigo é resgatar o debate sobre os rumos do corporativismo no Brasil após a redemocratização e avaliar o impacto das mudanças institucionais recentes para o sistema de intermediação de interesse. A retomada da abordagem corporativista na literatura internacional permite um contraponto para o debate interno ao recolocar a importância das dimensões organizacionais e de "modo de tomada de decisão" para caracterizar o corporativismo como sistema de intermediação de interesses. A partir dessa leitura, o trabalho aponta para o fortalecimento da estrutura sindical, particularmente das organizações de cúpula, e para a multiplicação e a consolidação de diversas arenas tripartite, responsáveis pela definição de temas importantes da política pública. Esses novos traços parecem aproximar cada vez o modelo brasileiro do tipo societário de corporativismo, em oposição ao pluralismo.