Nem holismo nem individualismo metodológicos: Marcel Mauss e o paradigma da dádiva
O artigo se situa no contexto da crítica ao utilitarismo que vem sendo conduzida, desde o início dos anos 80, por um grupo de intelectuais reunidos em torno do MAUSS - Movimento Antiutilitarista nas Ciências Sociais, cujas idéias são divulgadas pela La Revue du MAUSS, publicada pela Editora La Découverte, em Paris. Alain Caillé procura resgatar a importância de Marcel Mauss no interior da escola sociológica francesa, ressaltando a contribuição deste autor clássico na sistematização inicial do paradigma do dom, que subsiste na modernidade, como o demonstram, em várias oportunidades, os colaboradores deste movimento antiutilitarista. Para Caillé, o paradigma do dom constitui o fundamento necessário de criação de uma teoria paradoxal e pluridimensional da ação, capaz de resolver a dicotomia clássica entre holismo e individualismo. No entanto, ressalta o diretor da Revue du MAUSS, na constituição do novo paradigma, as imbricações entre o dom e o simbolismo ainda permanecem imprecisas e algo misteriosas.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais - ANPOCS
1998
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300001 |
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Summary: | O artigo se situa no contexto da crítica ao utilitarismo que vem sendo conduzida, desde o início dos anos 80, por um grupo de intelectuais reunidos em torno do MAUSS - Movimento Antiutilitarista nas Ciências Sociais, cujas idéias são divulgadas pela La Revue du MAUSS, publicada pela Editora La Découverte, em Paris. Alain Caillé procura resgatar a importância de Marcel Mauss no interior da escola sociológica francesa, ressaltando a contribuição deste autor clássico na sistematização inicial do paradigma do dom, que subsiste na modernidade, como o demonstram, em várias oportunidades, os colaboradores deste movimento antiutilitarista. Para Caillé, o paradigma do dom constitui o fundamento necessário de criação de uma teoria paradoxal e pluridimensional da ação, capaz de resolver a dicotomia clássica entre holismo e individualismo. No entanto, ressalta o diretor da Revue du MAUSS, na constituição do novo paradigma, as imbricações entre o dom e o simbolismo ainda permanecem imprecisas e algo misteriosas. |
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