BENZER, ORAR E EDUCAR: PERCURSOS DE UMA CURADORA DA AMAZÔNIA
Resumo: O artigo analisa a benzedura como prática educativa a partir da experiência de uma curadora evangélica, cuja prática se assenta no enfrentamento de doenças físicas e espirituais, no ensino de terapêuticas e da doutrina evangélica. O quilombo de Abacatal no Pará é o lócus de seu atendimento, espaço de circulação de saberes. A experiência de Dona Dionéia revela a benzedura como premissas para pensarmos o processo educativo sobre o qual assenta sua prática. Teoricamente, o artigo situa-se na interface entre educação e antropologia. Caracteriza-se como um estudo de natureza qualitativa do tipo etnográfico sob a metodologia da História oral. A prática educativa de Dona Dionéia mobiliza saberes ambientais, medicinais, espirituais e corporais. Assim, homens e mulheres aprendem a partir da observação que fazem do rito de cura, na escuta das orações e terapêuticas, na imitação da técnica de produção e (re)criação do remédio, configurando uma pedagogia do cotidiano.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais
2018
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982018000100134 |
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Summary: | Resumo: O artigo analisa a benzedura como prática educativa a partir da experiência de uma curadora evangélica, cuja prática se assenta no enfrentamento de doenças físicas e espirituais, no ensino de terapêuticas e da doutrina evangélica. O quilombo de Abacatal no Pará é o lócus de seu atendimento, espaço de circulação de saberes. A experiência de Dona Dionéia revela a benzedura como premissas para pensarmos o processo educativo sobre o qual assenta sua prática. Teoricamente, o artigo situa-se na interface entre educação e antropologia. Caracteriza-se como um estudo de natureza qualitativa do tipo etnográfico sob a metodologia da História oral. A prática educativa de Dona Dionéia mobiliza saberes ambientais, medicinais, espirituais e corporais. Assim, homens e mulheres aprendem a partir da observação que fazem do rito de cura, na escuta das orações e terapêuticas, na imitação da técnica de produção e (re)criação do remédio, configurando uma pedagogia do cotidiano. |
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