Tão longe, tão perto: escrita de si em relatórios de viagens

Explorar os sentidos de um tom autobiográfico inscrito em relatórios de viagens empreendidas por três professores que integravam a primeira missão oficial de educadores que visitaria o continente europeu, no alvorecer da República, com a finalidade de estudar o sistema educacional de vários países, é o horizonte deste texto. Tais experiências compunham as preocupações com as melhorias na instrução pública no país, em que as viagens para conhecer e estudar o outro, divulgadas e defendidas pela Revista Pedagógica, publicação do Pedagogium, revertiam-se em diferentes modos de intervir e propor mudanças na educação no Brasil. Procura-se, nesta análise, em meio à escrita obrigatória e fadada à impessoalidade, mais do que impressões, conclusões e proposições sobre a organização escolar, a organização do magistério, o material didático, a arquitetura das escolas e os aspectos relativos à remuneração dos professores, mas, sobretudo, os traços da intimidade e dos modos de ver o mundo dos professores viajantes.

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Bibliographic Details
Main Authors: Mignot,Ana Chrystina Venancio, Silva,Alexandra Lima da
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais 2011
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982011000100020
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Description
Summary:Explorar os sentidos de um tom autobiográfico inscrito em relatórios de viagens empreendidas por três professores que integravam a primeira missão oficial de educadores que visitaria o continente europeu, no alvorecer da República, com a finalidade de estudar o sistema educacional de vários países, é o horizonte deste texto. Tais experiências compunham as preocupações com as melhorias na instrução pública no país, em que as viagens para conhecer e estudar o outro, divulgadas e defendidas pela Revista Pedagógica, publicação do Pedagogium, revertiam-se em diferentes modos de intervir e propor mudanças na educação no Brasil. Procura-se, nesta análise, em meio à escrita obrigatória e fadada à impessoalidade, mais do que impressões, conclusões e proposições sobre a organização escolar, a organização do magistério, o material didático, a arquitetura das escolas e os aspectos relativos à remuneração dos professores, mas, sobretudo, os traços da intimidade e dos modos de ver o mundo dos professores viajantes.