Estrutura e desenvolvimento de canais secretores em frutos de Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae)
As cavidades secretoras no fruto de Schinus terebinthifolius foram analisadas aos microscópios de luz e eletrônico de transmissão. Estas cavidades são complexas e constituídas por epitélio multiestratificado que circunda o lume preenchido por secreção viscosa e por células epiteliais isoladas. Cada cavidade é circundada externamente por duas ou três camadas de células menores que as adjacentes achatadas, radialmente e que progressivamente diferenciam-se em epiteliais. As cavidades secretoras iniciam-se por esquizogênese e desenvolvem-se pelo processo esquizo-lisígeno. O lume inicia-se pela dissolução da lamela média entre um grupo de células precursoras dispostas em roseta; sua ampliação é decorrente da separação das células internas desta roseta. As células epiteliais jovens possuem citoplasma denso com mitocôndrias conspícuas, retículo endoplasmático rugoso extensivo, numerosos corpos multivesiculares e plastídeos modificados. Grumos de material eletron-denso, destituídos de membrana, ocorrem no citoplasma periférico, espaço periplasmático, bem como dispersos no lume da cavidade. À medida que a diferenciação progride, as células epiteliais mais internas são continuamente liberadas para o lume, onde sofrem degeneração. A lisogênese destas células acrescenta materiais à secreção e permite, também, o alargamento da cavidade. As evidências deste trabalho indicam que a secreção nos frutos de S. terebinthifolius é eliminada pelos mecanismos écrino e holócrino.
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Botânica do Brasil
2001
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062001000200005 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | As cavidades secretoras no fruto de Schinus terebinthifolius foram analisadas aos microscópios de luz e eletrônico de transmissão. Estas cavidades são complexas e constituídas por epitélio multiestratificado que circunda o lume preenchido por secreção viscosa e por células epiteliais isoladas. Cada cavidade é circundada externamente por duas ou três camadas de células menores que as adjacentes achatadas, radialmente e que progressivamente diferenciam-se em epiteliais. As cavidades secretoras iniciam-se por esquizogênese e desenvolvem-se pelo processo esquizo-lisígeno. O lume inicia-se pela dissolução da lamela média entre um grupo de células precursoras dispostas em roseta; sua ampliação é decorrente da separação das células internas desta roseta. As células epiteliais jovens possuem citoplasma denso com mitocôndrias conspícuas, retículo endoplasmático rugoso extensivo, numerosos corpos multivesiculares e plastídeos modificados. Grumos de material eletron-denso, destituídos de membrana, ocorrem no citoplasma periférico, espaço periplasmático, bem como dispersos no lume da cavidade. À medida que a diferenciação progride, as células epiteliais mais internas são continuamente liberadas para o lume, onde sofrem degeneração. A lisogênese destas células acrescenta materiais à secreção e permite, também, o alargamento da cavidade. As evidências deste trabalho indicam que a secreção nos frutos de S. terebinthifolius é eliminada pelos mecanismos écrino e holócrino. |
---|