Análise dos determinantes que influenciam o tempo para o início do tratamento de mulheres com câncer de mama no Brasil

Este estudo teve como objetivo analisar o intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento do câncer de mama em mulheres e seus determinantes. Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva com 137.593 mulheres diagnosticadas em 239 unidades hospitalares do Brasil entre 2000 a 2011. Em 63,1% dos casos, o intervalo entre o diagnóstico e o tratamento foi de até 60 dias. No país, as mulheres mais suscetíveis ao atraso foram não brancas (OR = 1,18; IC95%: 1,13-1,23), sem companheiro (OR = 1,05; IC95%: 1,01-1,09), com menos de oito anos de estudo (OR = 1,13; IC95%: 1,08-1,18), com doença em estadiamento inicial (OR = 1,27; IC95%: 1,22-1,32), tratadas de 2006 a 2011 (OR = 1,54; IC95%: 1,47-1,60) e provenientes do sistema público de saúde (OR = 1,19; IC95%: 1,13-1,25). Na análise estratificada foi observada a variabilidade dos fatores entre as regiões do Brasil. A identificação de fatores associados à demora no início do tratamento poderá possibilitar a elaboração de propostas de intervenções destinadas a grupos populacionais específicos.

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Bibliographic Details
Main Authors: Medeiros,Giselle Coutinho, Bergmann,Anke, Aguiar,Suzana Sales de, Thuler,Luiz Claudio Santos
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz 2015
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2015000601269
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Summary:Este estudo teve como objetivo analisar o intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento do câncer de mama em mulheres e seus determinantes. Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva com 137.593 mulheres diagnosticadas em 239 unidades hospitalares do Brasil entre 2000 a 2011. Em 63,1% dos casos, o intervalo entre o diagnóstico e o tratamento foi de até 60 dias. No país, as mulheres mais suscetíveis ao atraso foram não brancas (OR = 1,18; IC95%: 1,13-1,23), sem companheiro (OR = 1,05; IC95%: 1,01-1,09), com menos de oito anos de estudo (OR = 1,13; IC95%: 1,08-1,18), com doença em estadiamento inicial (OR = 1,27; IC95%: 1,22-1,32), tratadas de 2006 a 2011 (OR = 1,54; IC95%: 1,47-1,60) e provenientes do sistema público de saúde (OR = 1,19; IC95%: 1,13-1,25). Na análise estratificada foi observada a variabilidade dos fatores entre as regiões do Brasil. A identificação de fatores associados à demora no início do tratamento poderá possibilitar a elaboração de propostas de intervenções destinadas a grupos populacionais específicos.