Peso ao nascer de crianças brasileiras menores de dois anos

O baixo peso ao nascer tem grande relação com risco de morrer no primeiro ano de vida. Estudos mostram sua associação com problemas de desenvolvimento na infância e doenças na vida adulta. Dada a importância desse indicador, o objetivo deste estudo foi investigar os fatores sociais, demográficos, biológicos e ambientais envolvidos na sua determinação. Analisaram-se dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS-2006), incluindo apenas crianças menores de 24 meses de vida. A prevalência de baixo peso ao nascer no Brasil foi de 6,1%. Os fatores de risco identificados foram sexo feminino, residir nas macrorregiões Sul e Sudeste e ser filho de mães com baixa escolaridade ou tabagistas. Houve mudanças no perfil do baixo peso ao nascer, com maior prevalência em regiões mais desenvolvidas economicamente, refletindo a transição epidemiológica perinatal, caracterizada por mudanças nos padrões de assistência ao parto e incorporação dos avanços tecnológicos na assistência perinatal, além de fatores de risco biológicos conhecidos associados à pobreza e à desinformação.

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Bibliographic Details
Main Authors: Viana,Kelly de Jesus, Taddei,José Augusto de Aguiar Carrazedo, Cocetti,Monize, Warkentin,Sarah
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2013000200021
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Summary:O baixo peso ao nascer tem grande relação com risco de morrer no primeiro ano de vida. Estudos mostram sua associação com problemas de desenvolvimento na infância e doenças na vida adulta. Dada a importância desse indicador, o objetivo deste estudo foi investigar os fatores sociais, demográficos, biológicos e ambientais envolvidos na sua determinação. Analisaram-se dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS-2006), incluindo apenas crianças menores de 24 meses de vida. A prevalência de baixo peso ao nascer no Brasil foi de 6,1%. Os fatores de risco identificados foram sexo feminino, residir nas macrorregiões Sul e Sudeste e ser filho de mães com baixa escolaridade ou tabagistas. Houve mudanças no perfil do baixo peso ao nascer, com maior prevalência em regiões mais desenvolvidas economicamente, refletindo a transição epidemiológica perinatal, caracterizada por mudanças nos padrões de assistência ao parto e incorporação dos avanços tecnológicos na assistência perinatal, além de fatores de risco biológicos conhecidos associados à pobreza e à desinformação.