Avaliação do Programa Saúde da Família nos municípios do Estado de Santa Catarina, Brasil

Esta pesquisa avaliativa teve o propósito de classificar os municípios de Santa Catarina quanto à implantação do Programa Saúde da Família. Foram consideradas três categorias (satisfatória, intermediária e insatisfatória) e dois períodos de análise (2001 e 2004). Os indicadores utilizados foram de cobertura, de indício de mudança no modelo assistência e de impacto. Os resultados demonstraram que a cobertura teve uma alteração significativa entre 2001 e 2004 (p < 0,0001), com ampliação. Os indicadores de indício de mudança no modelo assistencial e de impacto não apresentaram alterações significativas. Para o ano de 2001, observou-se que 48% dos municípios estavam em situação insatisfatória, 45% em situação intermediária e 7% em situação satisfatória, enquanto em 2004 tem-se 29%, 58% e 13%, respectivamente. Tal alteração, entre 2001 e 2004, no que concerne à melhor classificação, mostrou-se estatisticamente significativa (p = 0,0061). Por fim, verificando o conjunto de dados, nota-se que as alterações na classificação final resultaram fundamentalmente do indicador de cobertura, demonstrando a efetiva ampliação do acesso. Entretanto, com esses indicadores não foi possível evidenciar mudanças significativas no modelo assistencial no período analisado.

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Bibliographic Details
Main Authors: Henrique,Flávia, Calvo,Maria Cristina Marino
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz 2008
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2008000400011
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Summary:Esta pesquisa avaliativa teve o propósito de classificar os municípios de Santa Catarina quanto à implantação do Programa Saúde da Família. Foram consideradas três categorias (satisfatória, intermediária e insatisfatória) e dois períodos de análise (2001 e 2004). Os indicadores utilizados foram de cobertura, de indício de mudança no modelo assistência e de impacto. Os resultados demonstraram que a cobertura teve uma alteração significativa entre 2001 e 2004 (p < 0,0001), com ampliação. Os indicadores de indício de mudança no modelo assistencial e de impacto não apresentaram alterações significativas. Para o ano de 2001, observou-se que 48% dos municípios estavam em situação insatisfatória, 45% em situação intermediária e 7% em situação satisfatória, enquanto em 2004 tem-se 29%, 58% e 13%, respectivamente. Tal alteração, entre 2001 e 2004, no que concerne à melhor classificação, mostrou-se estatisticamente significativa (p = 0,0061). Por fim, verificando o conjunto de dados, nota-se que as alterações na classificação final resultaram fundamentalmente do indicador de cobertura, demonstrando a efetiva ampliação do acesso. Entretanto, com esses indicadores não foi possível evidenciar mudanças significativas no modelo assistencial no período analisado.