Doenças respiratórias agudas: um estudo das desigualdades em saúde

Apresentam-se as desigualdades em saúde valendo-se das doenças respiratórias agudas na infância na área de abrangência de um centro de saúde na cidade de São Paulo, Brasil, para subsidiar o planejamento local de ações de promoção da saúde. O trabalho se fundamentou em estudos ecológicos que utilizam a área geográfica como unidade de análise, permitindo a comparação de indicadores de saúde e sócio-econômicos mediante dados censitários. Foram construídos indicadores de "inserção social" e de "qualidade do domicílio", gerando o "índice potencial de exposição" que reflete as condições de risco para o adoecimento por agravos respiratórios. O tratamento estatístico incluiu o agrupamento pela técnica de cluster. Foram identificados quatro grupos sociais homogêneos nas condições de risco para as doenças respiratórias agudas. Os grupos III e IV - com as piores condições sócio-econômicas - mostraram diferenciais importantes em relação aos grupos I e II. Os diferenciais de mortes por pneumonia encontrados, sugerem iniqüidades em saúde. Os resultados permitiram a localização geográfica de maior e menor concentração das carências relativas às condições de vida e a comparação entre os setores censitários para o reconhecimento de necessidades distintas, que subsidiem propostas para a articulação intersetorial.

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Bibliographic Details
Main Authors: Chiesa,Anna M., Westphal,Marcia F., Akerman,Marco
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz 2008
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2008000100006
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Description
Summary:Apresentam-se as desigualdades em saúde valendo-se das doenças respiratórias agudas na infância na área de abrangência de um centro de saúde na cidade de São Paulo, Brasil, para subsidiar o planejamento local de ações de promoção da saúde. O trabalho se fundamentou em estudos ecológicos que utilizam a área geográfica como unidade de análise, permitindo a comparação de indicadores de saúde e sócio-econômicos mediante dados censitários. Foram construídos indicadores de "inserção social" e de "qualidade do domicílio", gerando o "índice potencial de exposição" que reflete as condições de risco para o adoecimento por agravos respiratórios. O tratamento estatístico incluiu o agrupamento pela técnica de cluster. Foram identificados quatro grupos sociais homogêneos nas condições de risco para as doenças respiratórias agudas. Os grupos III e IV - com as piores condições sócio-econômicas - mostraram diferenciais importantes em relação aos grupos I e II. Os diferenciais de mortes por pneumonia encontrados, sugerem iniqüidades em saúde. Os resultados permitiram a localização geográfica de maior e menor concentração das carências relativas às condições de vida e a comparação entre os setores censitários para o reconhecimento de necessidades distintas, que subsidiem propostas para a articulação intersetorial.