Condições de saúde e tabagismo entre idosos residentes em duas comunidades brasileiras (Projetos Bambuí e Belo Horizonte)

O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência do tabagismo e verificar os fatores associados a este hábito entre idosos (> 60 anos). O estudo foi conduzido na Região Metropolitana de Belo Horizonte e na Cidade de Bambuí, ambas localizadas em Minas Gerais, Brasil. Foram selecionados 1.774 idosos na Região Metropolitana e 1.742 em Bambuí. Na Região Metropolitana, a prevalência de tabagismo atual e passado foi de 19,6% e 39,2% entre os homens, e 8,1% e 14,1% entre as mulheres, respectivamente. Em Bambuí, os dados correspondentes foram 31,4% e 40,2% entre os homens, e 10,3% e 11,2% entre as mulheres, respectivamente. Na Região Metropolitana, os indicadores de pior condição de saúde e pior capacidade funcional apresentaram associações significantes com o tabagismo passado, mas estas associações não foram observadas em Bambuí. Entre os fumantes atuais, as associações pesquisadas não foram consistentes. Estes resultados mostram a grande heterogeneidade dos fatores associados ao tabagismo, como observado em países desenvolvidos. As estratégias para a redução do tabagismo nessa população devem considerar esta ausência de associação entre sinais e sintomas e o hábito de fumar.

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Bibliographic Details
Main Authors: Peixoto,Sérgio Viana, Firmo,Josélia Oliveira Araújo, Lima-Costa,Maria Fernanda
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz 2006
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006000900024
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Summary:O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência do tabagismo e verificar os fatores associados a este hábito entre idosos (> 60 anos). O estudo foi conduzido na Região Metropolitana de Belo Horizonte e na Cidade de Bambuí, ambas localizadas em Minas Gerais, Brasil. Foram selecionados 1.774 idosos na Região Metropolitana e 1.742 em Bambuí. Na Região Metropolitana, a prevalência de tabagismo atual e passado foi de 19,6% e 39,2% entre os homens, e 8,1% e 14,1% entre as mulheres, respectivamente. Em Bambuí, os dados correspondentes foram 31,4% e 40,2% entre os homens, e 10,3% e 11,2% entre as mulheres, respectivamente. Na Região Metropolitana, os indicadores de pior condição de saúde e pior capacidade funcional apresentaram associações significantes com o tabagismo passado, mas estas associações não foram observadas em Bambuí. Entre os fumantes atuais, as associações pesquisadas não foram consistentes. Estes resultados mostram a grande heterogeneidade dos fatores associados ao tabagismo, como observado em países desenvolvidos. As estratégias para a redução do tabagismo nessa população devem considerar esta ausência de associação entre sinais e sintomas e o hábito de fumar.