Mulher, Medicina e tecnologia nos discursos de residentes em Obstetrícia/Ginecologia
Este estudo objetivou explicitar os significados culturais sobre a mulher e seu processo de adoecimento que estão presentes nos discursos médicos de residentes em Obstetrícia/Ginecologia do Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz. A pesquisa foi realizada em duas etapas: observação participante e construção de fontes orais. Tendo como referência o modelo indiciário, o procedimento técnico-metodológico utilizado incluiu uma codificação analítica qualitativa das entrevistas e posterior análise semiótica. Os resultados apontam para: (a) a percepção da mulher como essencialmente mãe, cujo processo de adoecimento é focado prioritariamente em sua função reprodutiva; (b) o crescente aumento do uso de tecnologia, sobretudo nos exames por imagem, provocando um distanciamento do eixo semiológico da Medicina; e (c) a medicalização, inserida no contexto biotecnológico, como envolvendo práticas materiais-semióticas.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
2006
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006000500007 |
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Summary: | Este estudo objetivou explicitar os significados culturais sobre a mulher e seu processo de adoecimento que estão presentes nos discursos médicos de residentes em Obstetrícia/Ginecologia do Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz. A pesquisa foi realizada em duas etapas: observação participante e construção de fontes orais. Tendo como referência o modelo indiciário, o procedimento técnico-metodológico utilizado incluiu uma codificação analítica qualitativa das entrevistas e posterior análise semiótica. Os resultados apontam para: (a) a percepção da mulher como essencialmente mãe, cujo processo de adoecimento é focado prioritariamente em sua função reprodutiva; (b) o crescente aumento do uso de tecnologia, sobretudo nos exames por imagem, provocando um distanciamento do eixo semiológico da Medicina; e (c) a medicalização, inserida no contexto biotecnológico, como envolvendo práticas materiais-semióticas. |
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