Educação em saúde reprodutiva: proposta ou realidade do Programa Saúde da Família?
Considerando nossas percepções, enquanto supervisores de unidades primárias de saúde, no Ceará, de que há baixa oferta das ações de educação em saúde, como parte das atividades do Programa Saúde da Família (PSF), buscou-se investigar suas causas, bem como identificar as falhas no desenvolvimento dessas ações. Aplicou-se a entrevista e a observação participante como método de pesquisa. Detectou-se como causas do déficit das práticas educativas, a desorganização da demanda, a insuficiciente cobertura da população por equipes de PSF, a resistência dos profissionais e da população às ações educativas, a ausência de área física adequada para a realização das ações e escassez de material de apoio. Quanto às falhas no decorrer das atividades, identificou-se: pouca troca de experiências entre os participantes; orientação pouco direcionada às necessidades do grupo; uso freqüente de linguagem científica; repasse de informações desatualizadas e utilização inadequada do material de apoio. Conclui-se ser necessária a atualização dos profissionais de saúde, assim como uma disponibilização maior de recursos físicos e de material de apoio, para que a educação em saúde reprodutiva seja uma realidade no PSF.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
2002
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2002000600038 |
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Summary: | Considerando nossas percepções, enquanto supervisores de unidades primárias de saúde, no Ceará, de que há baixa oferta das ações de educação em saúde, como parte das atividades do Programa Saúde da Família (PSF), buscou-se investigar suas causas, bem como identificar as falhas no desenvolvimento dessas ações. Aplicou-se a entrevista e a observação participante como método de pesquisa. Detectou-se como causas do déficit das práticas educativas, a desorganização da demanda, a insuficiciente cobertura da população por equipes de PSF, a resistência dos profissionais e da população às ações educativas, a ausência de área física adequada para a realização das ações e escassez de material de apoio. Quanto às falhas no decorrer das atividades, identificou-se: pouca troca de experiências entre os participantes; orientação pouco direcionada às necessidades do grupo; uso freqüente de linguagem científica; repasse de informações desatualizadas e utilização inadequada do material de apoio. Conclui-se ser necessária a atualização dos profissionais de saúde, assim como uma disponibilização maior de recursos físicos e de material de apoio, para que a educação em saúde reprodutiva seja uma realidade no PSF. |
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