Ciências sociais e saúde coletiva: novas questões, novas abordagens

Este artigo tem como objetivo avaliar criticamente o paradigma ainda dominante na análise das políticas de saúde, no interior da produção acadêmica do campo da saúde coletiva. Nesse sentido, parte-se da recuperação do debate em torno da chamada crise dos modelos clássicos nas ciências sociais. Este debate, inspirado em diversas revisões e críticas dos esquemas teóricos consagrados na sociologia, é responsável tanto pelo alargamento dos esquemas explicativos quanto pela diversificação das questões e objetos de investigação. Assim, torna-se fundamental, nessa discussão, atentar para os limites do alcance explicativo dos modelos teóricos excessivamente generalizantes e, por outro lado, dar maior ênfase ao processo de formação e de ação de sujeitos e atores coletivos, em detrimento de abordagens estruturalizantes. O que se pretende, então, é mostrar a importância desse debate e seus possíveis e necessários desdobramentos para a produção acadêmica na área das políticas sociais e de saúde.

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Bibliographic Details
Main Author: Bodstein,Regina Cele de A.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz 1992
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1992000200005
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Summary:Este artigo tem como objetivo avaliar criticamente o paradigma ainda dominante na análise das políticas de saúde, no interior da produção acadêmica do campo da saúde coletiva. Nesse sentido, parte-se da recuperação do debate em torno da chamada crise dos modelos clássicos nas ciências sociais. Este debate, inspirado em diversas revisões e críticas dos esquemas teóricos consagrados na sociologia, é responsável tanto pelo alargamento dos esquemas explicativos quanto pela diversificação das questões e objetos de investigação. Assim, torna-se fundamental, nessa discussão, atentar para os limites do alcance explicativo dos modelos teóricos excessivamente generalizantes e, por outro lado, dar maior ênfase ao processo de formação e de ação de sujeitos e atores coletivos, em detrimento de abordagens estruturalizantes. O que se pretende, então, é mostrar a importância desse debate e seus possíveis e necessários desdobramentos para a produção acadêmica na área das políticas sociais e de saúde.