Diários de campo de um engenheiro: trabalho, cultura e educação no sul do Mato Grosso (1922-1930)

Nesse artigo analiso interpretações acerca da cultura, da organização do trabalho e da educação na fronteira de Mato Grosso em três obras do memorialista Armando de Arruda Pereira, engenheiro-chefe responsável pela construção e reforma dos quartéis no sul do estado de Mato Grosso, durante os anos de 1922 a 1930. As obras analisadas são: Heroes abandonados! Peregrinação aos lugares históricos do sul de Mato Grosso (1925), No Sul de Mato Grosso (1928) e Construindo...(1930). Procuro demonstrar que seus escritos sobre a cultura, a educação e o trabalho revelam a formação e a trajetória típicas da burguesia industrial paulista, pois seu parâmetro é a indústria moderna. Sua visão é a de um "forasteiro" que focou as técnicas de trabalho e os costumes da fronteira de Mato Grosso.

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Bibliographic Details
Main Author: Centeno,Carla Villamaina
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho 2012
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742012000100015
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Summary:Nesse artigo analiso interpretações acerca da cultura, da organização do trabalho e da educação na fronteira de Mato Grosso em três obras do memorialista Armando de Arruda Pereira, engenheiro-chefe responsável pela construção e reforma dos quartéis no sul do estado de Mato Grosso, durante os anos de 1922 a 1930. As obras analisadas são: Heroes abandonados! Peregrinação aos lugares históricos do sul de Mato Grosso (1925), No Sul de Mato Grosso (1928) e Construindo...(1930). Procuro demonstrar que seus escritos sobre a cultura, a educação e o trabalho revelam a formação e a trajetória típicas da burguesia industrial paulista, pois seu parâmetro é a indústria moderna. Sua visão é a de um "forasteiro" que focou as técnicas de trabalho e os costumes da fronteira de Mato Grosso.