Antipsicóticos atípicos e comportamento suicida em pacientes esquizofrênicos ou esquizoafetivos

CONTEXTO: Os estudos a respeito da ação dos antipsicóticos atípicos no comportamento suicida são controversos e pouco explorados. OBJETIVOS: Análise discursiva da ação dos antipsicóticos atípicos no comportamento suicida de pacientes esquizofrênicos ou esquizoafetivos. MÉTODOS: Revisão de artigos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e da Biblioteca Cochrane, entre o período de 1964 e 2009, usando as palavras-chave: "suicidal behavior" e/ou "suicide" e "atypical antipsychotics" e/ou "antipsychotics" e/ou "clozapine". RESULTADOS: As únicas evidências significativas positivas apontam para a clozapina, que apresenta uma relevância superior aos outros antipsicóticos de segunda geração na redução das taxas de autoextermínio. CONCLUSÕES: A clozapina é o único fármaco que pode alterar o comportamento suicida. Esse efeito não está associado à melhora clínica dos pacientes. Ela é a única droga aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA) para prevenir suicídio em pacientes esquizofrênicos, mas os critérios para esse fim são incertos.

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Main Authors: Rocha,Felipe Filardi da, Alvarenga,Nathália Bueno, Lage,Naira Vassalo, Trivelato,Ana Luiza Lanna, Barros,André Coelho, Corrêa,Humberto
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 2010
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832010000500008
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Summary:CONTEXTO: Os estudos a respeito da ação dos antipsicóticos atípicos no comportamento suicida são controversos e pouco explorados. OBJETIVOS: Análise discursiva da ação dos antipsicóticos atípicos no comportamento suicida de pacientes esquizofrênicos ou esquizoafetivos. MÉTODOS: Revisão de artigos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e da Biblioteca Cochrane, entre o período de 1964 e 2009, usando as palavras-chave: "suicidal behavior" e/ou "suicide" e "atypical antipsychotics" e/ou "antipsychotics" e/ou "clozapine". RESULTADOS: As únicas evidências significativas positivas apontam para a clozapina, que apresenta uma relevância superior aos outros antipsicóticos de segunda geração na redução das taxas de autoextermínio. CONCLUSÕES: A clozapina é o único fármaco que pode alterar o comportamento suicida. Esse efeito não está associado à melhora clínica dos pacientes. Ela é a única droga aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA) para prevenir suicídio em pacientes esquizofrênicos, mas os critérios para esse fim são incertos.